A nova década inicia-se com uma já conhecida chuva de meteoritos no hemisfério norte. As Quadrântidas vão marcar o céu noturno até 12 de janeiro, atingindo o seu ponto máximo na madrugada entre o dia 3 e 4 de janeiro. Embora o fenómeno prometa uma “chuva de estrelas” marcante, com uma atividade máxima de 120 meteoros por hora, os entusiastas nacionais da astronomia não conseguirão observá-lo este ano, uma vez que, em Portugal, este ocorrerá já de dia, avança o Observatório Astronómico de Lisboa.
Embora não sejam tão “famosas” quanto as Perseidas ou Gemínidas, as Quadrântidas são consideradas pela comunidade de astrónomos como uma das melhores chuvas de meteoros no hemisfério norte. Esta “chuva de estrelas” é menos conhecida, pois é fenómeno mais curto, com um pico de atividade de apenas quatro horas, passando muitas vezes despercebida.
De acordo com a NASA, as Quadrântidas, ao contrário da maioria das chuvas de meteoritos, não têm origem em cometas. A “chuva de estrelas” é composta por fragmentos do asteroide 2003 EH1, o qual demora cerca de 5,52 anos (66 meses, 5 dias, 18 horas e 32 minutos) para completar a sua órbita à volta do Sol. O asteroide tem vindo a intrigar a comunidade científica: por um lado, existe uma possibilidade de ser um “cometa morto”; por outro, este poderá ser uma nova espécie de “objeto espacial”.
A American Meteor Society indica que, em 2021, a chuva de meteoritos atingirá o seu pico por volta das 14h51 a 3 de janeiro, o que significa que o fenómeno volta a não ser observável em Portugal. No entanto, poderá assistir à “chuva de estrelas” sem sair do seu sofá através do Meteor Showers. O website simula numa perspetiva tridimensional as correntes de meteoritos a orbitar no sistema solar, com imagens baseadas nas câmaras de vigilância da NASA.
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