Há uma mensagem extraterrestre a circular, pronta a ser descodificada e interpretada por quem queira tentar, mas embora tenha sido enviada do espaço sideral, ainda não é desta que tem por detrás inteligência alienígena.
A proposta é uma experiência global que leva o nome de “A Sign in Space”, desenvolvida pela artista Daniela de Paulis, com a parceria da ESA, entre outras entidades, e que lança uma série de perguntas.
“Se recebêssemos uma mensagem extraterrestre seríamos capazes de a entender? O que significaria para a humanidade? Como nos sentiríamos? O que poderíamos responder?”
A intenção é convidar os participantes “a mergulharem no reino do desconhecido e a lidarem com dilemas existenciais, expandindo a nossa compreensão coletiva do Universo”, refere a ESA.
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O sinal de rádio foi enviado às 21h16 CEST do dia 24 de maio, atingindo as enormes antenas, espalhadas pelo mundo, do Green Bank Telescope (EUA), Medicina Radio Astronomical Station (Itália) e Allen Telescope Array (EUA), e já está disponível para ser descodificado.
“À medida que exploramos o espaço, vale a pena considerar o que aconteceria se o espaço viesse até nós”, afirma a ESA
Coube ao ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), a nave da ESA que orbita o Planeta Vermelho, em busca de evidências de possível atividade biológica ou geológica, fazer de “ser extraterrestre”. A mensagem tinha sido enviada a 10 de maio para o instrumento de observação e, entretanto, convertida em “telemetria” para depois ser transmitido de volta à Terra, explica a agência espacial.
Os principais objetivos do TGO são procurar evidências de metano e outros gases atmosféricos que possam ser assinaturas de processos biológicos ou geológicos ativos, bem como retransmitir dados de rovers e outros instrumentos na superfície marciana.
Atualmente, o TGO retransmite mais de 50% de todos os dados gerados pelos dois rovers da NASA, o Curiosity e o Perseverance (com o helicóptero Ingenuity) e fará o mesmo para o futuro rover Rosalind Franklin da ESA.
Se recebêssemos um sinal do espaço, provavelmente não seriam apenas os cientistas que o captariam, uma vez que hoje, muitos indivíduos, organizações, universidades e empresas têm acesso às antenas apontadas ao céu, sublinha a agência espacial. “Qualquer mensagem recebida seria para todo o planeta e, assim como a arte, poderia ser interpretada de inúmeras formas”.
Através do projeto “A Sign in Space”, a agência espacial espera “encorajar uma comunidade vibrante de mentes curiosas, reunindo-se para desvendar os mistérios ocultos na comunicação alienígena simulada”.
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