No início de março, a missão Juno da NASA completou seu 49º sobrevoo próximo a Júpiter. Enquanto a sonda passava baixo sobre o topo das nuvens do planeta gigante, o instrumento JunoCam captou bandas de névoa de alta altitude a formarem-se acima de ciclones.
A área retratada é conhecida como Jet N7 e, mais especificamente, no momento em que o registo foi feito, Juno estava a cerca de 8.200 quilómetros acima do topo das nuvens de Júpiter, a uma latitude de cerca de 66 graus.
O resultado final foi processado pelo cientista cidadão Björn Jónsson, que pegou na imagem em bruto, melhorando o contraste e a nitidez.
Lançada em 2011, a sonda orbita Júpiter desde o dia 4 de julho de 2016, com o primeiro sobrevoo científico a ocorrer 53 dias depois. Durante este tempo, já percorreu mais de 820 milhões de quilómetros, espreitando nomeadamente as luas geladas Europa e Ganimedes, além da ardente Io.
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Recentemente, Juno teve divulgada uma imagem de grande sucesso entre os amantes do cosmos, ao “assistir na primeira fila” a um relâmpago - e a registar o seu clarão para a posteridade.
Embora tenha sido destacada agora, a imagem do relâmpago visto num vórtice perto do polo norte de Júpiter foi registada quando a Juno completou seu 31º sobrevoo próximo de Júpiter, no dia 30 de dezembro de 2020. O cientista cidadão Kevin M. Gill foi o autor da imagem final, processando-se, dois anos depois, a partir de dados brutos do instrumento JunoCam a bordo da nave.
No momento em que a imagem em bruto foi captada, Juno estava a cerca de 32 mil quilómetros acima do topo das nuvens de Júpiter, indica a agência espacial norte-americana.
A sonda chegou a ter o seu o fim marcado para o verão de 2021, que seria concretizado num mergulho na vasta atmosfera de Júpiter, com “morte assistida”, para o derradeiro objetivo de recolher o máximo de dados possível, antes das elevadas pressões destruírem a nave. Só que a NASA mudou de ideias.
A agência espacial decidiu prolongar a missão Juno até setembro de 2025, atribuindo-lhe novas “áreas” para explorar. A sonda ficou de alargar a sua capacidade de observação a todo o sistema joviano, ou seja, planeta, anéis e luas.
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