É já no próximo dia 20 de outubro que a sonda OSIRIS-REx da NASA vai “pousar” no asteroide Bennu para recolher amostras que permitirão aos cientistas compreender a origem do Sistema Solar e da vida na Terra.
Toda a operação espacial pode ser acompanhada em direto através do website da agência espacial norte-americana a partir das 22h (hora de Lisboa).
A NASA explica que a sonda vai recolher amostras de uma zona apelidada de Nightingale, uma das quatro localizações anteriormente identificadas pela agência. Para conseguir cumprir a sua missão, o braço robótico da OSIRIS-Rex terá de contornar múltiplos rochedos à superfície do asteroide, alguns deles com a dimensão de edifícios, e encontrar uma zona livre.
A descida à superfície do asteroide demorará cerca de quatro horas, no entanto, a manobra de recolha dura menos de 16 segundos. Ao entrar em contacto com Bennu, um dos três recipientes de nitrogénio pressurizado da sonda liberará uma pequena explosão, de forma a agitar a superfície, possibilitando a recolha de uma amostra.
Inicialmente, os cientistas da NASA acreditavam que a superfície do asteroide teria vários locais ideais para a recolha de amostras. No entanto, as investigações revelaram um cenário diferente. Existe também a possibilidade de a zona identificada ser demasiado rochosa para permitir a manobra planeada. Assim, a equipa responsável pela missão poderá optar por realizar uma nova tentativa em outro local.
Recorde-se que, durante o período de reconhecimento, a sonda espacial fotografou todos os “cantos” de Bennu, de forma a identificar possíveis dificuldades. Ao todo, foram recolhidas mais de 2 mil fotografias de alta resolução que deram origem a um mosaico de enorme detalhe.
Se tudo correr como planeado, após recolher a amostra, a sonda vai afastar-se imediatamente do asteroide e continuará a orbitar em seu redor até ao final de 2020. No próximo ano, a OSIRIS-REx começará a afastar-se em direção à Terra onde, a 24 de setembro de 2023, lançará a cápsula que contém todas as amostras.
Ainda no início de outubro, os investigadores da NASA descobriram indícios de rios antigos na superfície do asteroide. Um conjunto de estudos baseados em observações realizadas através da OSIRIS-Rex revela que a região de Nightingale apresenta veios característicos que levam os cientistas a acreditar que o rochedo original, do qual Bennu fazia parte, tinha um sistema de cursos de água líquida.
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