A Comissão Europeia anunciou hoje o lançamento da European Grid Infrastructure (EGI). Com um investimento previsto de 73 milhões de euros, a EGI, assegura 25 milhões de euros junto da UE que, deste modo, vem facilitar a execução de um projecto que visa garantir o acesso continuo a uma capacidade de computação combinada de mais de 200 mil computadores, espalhados por mais de 300 centros em todo o mundo.


Ao longo dos próximos quatro anos as verbas alocadas ao projecto serão usadas para ligar capacidade de processamento desaproveitada e assegurar a potência necessária para realizar projectos de investigação que exigem elevada capacidade de cálculos no domínio do ambiente, saúde e energia.


"A EGI, a maior infra-estrutura de rede colaborativa de produção jamais criada para a e-Ciência, permitirá às equipas de investigadores geograficamente distantes trabalharem num problema como se estivessem no mesmo laboratório", sublinha a Comissão Europeia numa nota de imprensa.


Projectos como a EGI encaixam nos objectivos da agenda digital europeia, que prevê o reforço das infra-estruturas de I&D europeias. A iniciativa interliga com outra, norteada por objectivos idênticos, de que o TeK já tinha dado nota em Junho, o PRACE. Outra iniciativa relacionada, e percursora do EGI é a Enabling Grid for eScience que terá recebido mais de 100 milhões de euros de investimento da União Europeia ao longo dos últimos 8 anos, sendo hoje utilizada por 13.000 investigadores.


Dados disponibilizados pela CE indicam que um PC está inactivo 60 a 85 por cento do tempo. Ao serviço de uma rede como a EGI, que distribui tarefas informáticas que envolvem grande quantidade de dados pela capacidade de processamento de muitos milhares de computadores, permitem reduzir os períodos de inactividade.