A renascida popularidade do vinil levou as empresas das indústrias da música e tecnologia a debruçarem-se novamente sobre o formato. O resultado desta atenção comercial deu aso a novos produtos, como é o caso dos leitores de vinil portáteis, mas a Rebeat Innovation pretende elevar os padrões de qualidade do formato a um novo patamar.

A proposta da empresa austríaca consiste em converter a informação analógica contida no vinil, para um mapa topográfico 3D, gravado a laser diretamente na face do disco. De acordo com a Pitchfork, este método permite alargar o tempo de reprodução em mais de 40% em cada um dos lados do LP, e melhorar a qualidade do som. Adicionalmente, será possível eliminar os químicos tradicionalmente utilizados no processo de fabrico.

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Note que apesar de ter todo o processo desenhado e testado, a Rebeat Innovation não deverá conseguir colocar os primeiros vinis HD no mercado antes do próximo ano. A empresa recebeu um investimento de 4,8 milhões dólares recentemente, e vai utilizar 600 mil para adquirir o sistema de gravação a laser, que só deverá estar pronto a operar no próximo mês de julho. A meta a bater, neste momento, é a conferência Detroit's Making Vinyl, em outubro, onde a tecnológica quer apresentar os primeiros protótipos funcionais.

Outro dos pontos positivos desta atualização é que os afetos ao vinil não terão de atualizar os seus equipamentos de reprodução para poderem ouvir música com estes discos, uma vez que eles podem ser reproduzidos por qualquer tipo de leitor.

Numa primeira instância, os puristas da música podem oferecer alguma resistência a esta nova técnica, uma vez que impacta diretamente numa técnica de produção tradicional de um formato que é há várias décadas defendido pelos consumidores. As vantagens técnicas podem ser argumentos de peso no desafio que será convencer o mercado.