
Mais de 2.300 voos da Ryanair, cerca de 1.400 da Wizz Air, 80 da British Airways e quatro da easyJet estão numa lista de cerca de 46.000 casos de aviões que detetaram interferência aos sistemas GPS durante a passagem pelo mar Báltico. Os casos foram registados desde agosto de 2023 e reportados recentemente pelo The Sun. O tabloid fez uma lista com os países e cidades de destino sobre e respetivo risco de interferência. Os destinos portugueses (Faro, Funchal, Lisboa, Ponta Delgada, Porto e Ilha Terceira) foram apontados como baixo risco de interferência.

A análise foi feita com base de registos de voo disponíveis no website GPSJAM.org, tendo concentrado a maioria dos problemas reportados com problemas de GPS vieram da Europa de leste, com fronteira com a Rússia. Sendo o GPS a principal ferramenta do sistema de navegação, uma interferência pode tornar-se um sério risco à segurança do avião.
O The Guardian, que aponta os ataques como origem da Rússia, destaca que um avião da Royale Air Force que transportava o secretário da defesa britânico, Grant Shapps, teve o seu sinal de GPS interferido quando voava perto de uma base russa no Báltico em Kaliningrad, quando regressava ao Reino Unido da Polónia. Mesmo admitindo que o bloqueio não ameaçou a segurança do avião, as autoridades britânicas apontaram de que se tratou de um ato irresponsável.
Em janeiro foi realizada uma cimeira entre a Associação Internacional de Transportes Aéreos e a Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA na sigla inglesa) para discutir os assuntos relacionados com os bloqueios de GPS, onde foi apontado o grande aumento deste tipo de ataques.
A entidade europeia pretende dar prioridade na resolução deste tipo de ameaça, mas a autoridade civil de aviação britânica parece menos preocupada, referindo que as interferências estão normalmente associadas a atividade militar, não significando que os aviões comerciais estejam a ser diretamente apontados como alvos. O diretor de operações de voo, Glenn Bradley refere que a aviação continua a ser uma das formas de viagem aérea mais segura e que existem vários protocolos para proteger os sistemas de navegação. A informação foi confirmada por representantes da Ryanair e easyJet, sobre a existência de procedimentos para mitigar os problemas associados ao bloqueio do GPS.
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