Numa altura onde os conteúdos falsos, as chamadas “fake news” proliferam nas redes sociais, a agência Reuters tem vindo a testar uma ferramenta acessória aos seus jornalistas espalhados pelo mundo. Chama-se Lynx Insight e permitirá avaliar informação, identificar padrões ou mesmo encontrar histórias interessantes.
A informação recolhida pela máquina será entregue aos jornalistas juntamente com outros dados contextuais, e no caso de a matéria ser de interesse de investigação, a IA pode fornecer dados de fundo sobre empresas ou pessoas visadas para eventual preparação de entrevistas.
A automatização tem sido trabalhada nas redações de diferentes meios de comunicação nos Estados Unidos, nomeadamente para escreverem pequenos resumos de séries televisivas ou resultados desportivos. Mas a inteligência artificial através de machine learning tem evoluído para analisar, por exemplo, os tópicos onde os congressistas americanos mais perdem tempo a ler.
A Reuters deu como exemplo que o seu sistema pode alertar um jornalista se as ações de uma empresa caírem expressivamente, mostrando a última vez que isso aconteceu e as razões para tal, oferecendo atalhos para a informação, os analistas citados nessas histórias, entre outras informações que possam ser relevantes para a peça. Ou seja, a máquina não escreve as notícias, mas fornece aos jornalistas informação adicional que necessitem, à medida que escrevem. O Lynx Insight também trabalha com peças de vídeo ou fotografias, podendo sugerir elementos para ilustrar as reportagens ou criar publicações em redes sociais.
É desta forma que a Reuters pretende utilizar a inteligência artificial, através de machine learning, para auxiliar os seus jornalistas e criar, segundo a mesma, uma ciberedação.
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