A Amazon vai ceder às exigências da Macmillan e aumentar o preço das versões electrónicas dos livros da editora disponíveis para o Kindle.

A empresa anunciou ontem a decisão, embora tenha feito questão de afirmar que considera "desnecessariamente elevado" o valor de 14,99 dólares (cerca de 10,78 euros) a que a editora exige que sejam comercializados os ebooks - que a empresa costuma vender por 9,99 dólares (o equivalente a 7,18 euros).

A Macmillan, e outras editoras, terão pedido à Amazon que subisse os preços de venda dos seus livros digitais, ao que os responsáveis da Amazon responderam que qualquer valor que ultrapassasse os 9,99 dólares era demasiado elevado.

Depois de um período em que suspendeu a venda dos livros da Macmillan no seu site, a Amazon vai ceder e cobrar valores entre os 12,99 e os 14,99 dólares pelos bestsellers da editora. Na origem da decisão estará a posição ocupada pela Macmillan no mercado, sendo caracterizada como "uma das seis grandes" editoras dos EUA.

A Amazon diz que com a cessação temporária da distribuição das obras através do seu site expressou o seu "sério desacordo" com as intenções da editora, mas terá, no entanto, de ceder e aceitar os seus termos uma vez que a Macmillan tem o monopólio sobre os livros que pública e que a Amazon quer continuar a vender, mesmo que por preços que considera desadequados.

A empresa acrescentou ainda que agora caberá aos leitores decidirem se estão dispostos a pagar os preços pedidos pela versão digital de um bestseller e que não acredita que as restantes "grandes" editores decidam trilhar o mesmo caminho que a Macmillan.