
A tecnologia de ligação sem fios do Bluetooth está prestes ganhar compatibilidade com uma série de novos dispositivos, entre os quais se incluem equipamentos como relógios, brinquedos, dispositivos e sensores para uso doméstico, monitores médicos ou outros que, até à data, não podiam tirar melhor partido da tecnologia por esta exigir uma autonomia de bateria que não conseguiam garantir.
De acordo com a informação avançada hoje pela Associated Press, o grupo de empresas que suportam o desenvolvimento do Bluetooth - e entre as quais se encontram nomes como a Ericsson, Lenovo, Intel, Motorola, Nokia, Toshiba ou Microsoft - está a ultimar o lançamento de chips para uma nova versão do Bluetooth com baixo consumo de energia, que deverão estar prontos "dentro de alguns meses". A mesma fonte adianta que estes serão integrados em produtos destinados ao consumo que provavelmente começarão a ser apresentados durante o Verão.
Um dos exemplos dados é a possibilidade da transmissão de dados entre o telemóvel e um relógio de pulso, permitindo ler SMS ou saber quem está a ligar-nos sem tirar o telefone do bolso.
A novidade irá abrir "todo um novo mercado para o Bluetooth e permitir a sua utilização numa categoria de produtos nos quais esta era simplesmente impossível", afirma o director executivo do Bluetooth Special Interest Group, Michael Foley, citado pela agência noticiosa.
O responsável acredita que os produtos na área da saúde e fitness, como os pedómetros e os dispositivos para medir a glicose, por exemplo, representam um mercado com muito potencial. Embora alguns tenham já os seus sistemas proprietários de transmissão sem fios, a standartização trazida pelo Bluetooth poderá torná-los mais baratos e compatíveis com outros dispositivos.
Os primeiros relógios com Bluetooth começaram a chegar ao mercado há cerca de cinco anos, mas eram pesados e as baterias esgotavam-se em poucas semanas, com os novos chips o consumo de bateria deverá diminuir fazendo com que uma bateria carregada seja suficiente para mais de um ano de utilização e os dispositivos possam apresentar dimensões mais razoáveis.
O anúncio surge depois da disponibilização da tecnologia ter sido alvo de sucessivos adiamentos. O desenvolvimento foi começado pela Nokia em 2001, sob outro nome, sendo depois doado ao grupo de desenvolvimento do Bluetooth, que procedeu à sua compatibilização com a norma.
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