A British Computer Society (BCS), uma organização profissional dos técnicos e engenheiros de informática no Reino Unido, aconselhou ontem os indivíduos que viram ou estão para ver o "Matrix Reloaded" a não tentarem repetir as cenas realísticas de hacking de computadores contidas no filme. O "Matrix Reloaded" é a sequela do título de 1999 e estreia amanhã em Portugal.
Segundo o comunicado divulgado por aquela instituição britânica, muitos especialistas em tecnologias de informação estão preocupados com o rigor e a veracidade de muitos das cenas relacionadas com computadores que o filme contém e decidiram, por isso, alertar os jovens entusiastas pela informática da ilegalidade das técnicas de hacking e das pesadas penas de prisão a que se arriscam os praticantes deste tipo de crimes.
Mas, apesar da introdução no Reino Unido de sentenças mais pesadas e de uma nova lei destinada a substituir a Computer Misuse Act que está actualmente a ser debatida, a BSC afirma que as empresas continuam a precisar de assegurar que possuem processos susceptíveis de serem aplicados para prevenir brechas de segurança e de um plano de contingências que esteja completamente operacional de forma a minimizar quaisquer eventuais danos provocados por atacantes informáticos.
Um estudo recentemente elaborado pela BCS revelou que a maioria das companhias britânicas ainda não estão aptas a responder completamente aos riscos de segurança das tecnologias de informação. Muitos departamentos tecnológicos possuem uma fraca preparação para lidar com a situação posterior a um ataque terrorista ou com um vírus que ultrapasse as suas defesas de software. O Grupo Especialista em Segurança da Informação (ISSG) da BCS considera que, apesar de algumas formas de hacking serem quase impossíveis de prevenir, existem procedimentos simples que as organizações podem tomar para assegurar a segurança dos seus sistemas.
"Muitos tentativas básicas de ataque podem ser prevenidas pela simples instalação e configuração adequada de um firewall. Pode ainda ser implementado um sistema de detecção de intrusões (IDS) que permite detectar os intrusos que invadem sistemas ou utilizadores legítimos que utilizarem inapropriadamente os recursos do sistema. O IDS funciona permanentemente no sistema e notifica os utilizadores quando detecta algo que considera suspeito ou ilegal", explica Phil Phillips, presidente do ISSG.
De acordo com este informático, "os planos de continuidade são também essenciais para aumentar as hipóteses de uma organização de subsistir a uma falha de segurança. Se os procedimentos correctos forem implementados antes da ocorrência de um ataque deste tipo, as companhias estarão melhor equipadas para minimizar os danos provocados por um intruso. Importa também notar que 80 por cento das intrusões ou ataques têm origem no interior das organizações e que, por isso, é necessário um sistema efectivo de detecção de intrusões para detectar os ataques internos e externos".
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