A Comissão Europeia apresentou diversas medidas para estimular a competitividade da Europa na área da inteligência artificial, no seguimento de uma declaração de cooperação assinada no início deste mês. São propostas várias nos domínios do incentivo ao investimento público e privado na IA, da preparação das mudanças socioeconómicas que vão resultar da adoção deste tipo de tecnologia e da criação de um quadro ético e jurídico adequado.
No que diz respeito às mudanças socioeconómicas, e uma vez que a introdução da IA vai, sem dúvida, transformar o mercado de trabalho, os Estados-membros são incentivados a modernizar os seus sistemas de educação e formação, para apoiar estas mudanças. Neste sentido, uma das preocupações de Bruxelas é manter na UE mais talentos ligados ao campo da IA.
Uma vez que a inteligência artificial pode suscitar novas questões de ética e jurídicas, o Executivo europeu está a trabalhar num conjunto de orientações para apresentar no final de 2018, tendo em consideração os princípios da proteção de dados, a transparência e a responsabilização, refere em comunicado.
O impacto da inteligência artificial na sociedade é comparável, de acordo com Andrus Ansip, vice-presidente responsável pelo Mercado Único Digital, à introdução do motor a vapor ou a eletricidade, que transformaram o mundo. Mas tal como acontece com todas as inovações, novos desafios são colocados, os quais devem ser resolvidos em conjunto pelos Estados-membros.
Andrus Ansip afirma que “é necessário um investimento de pelo menos 20 mil milhões de euros até ao final de 2020, e como tal, a partir de hoje a Comissão instiga os investigadores a desenvolverem a próxima geração de tecnologias e aplicações de IA, e que as empresas as adotem e as incorporem”. Nesse sentido, a Comissão compromete-se a aumentar os seus investimentos entre 2018 a 2020 para 1,5 mil milhões de euros, no âmbito do programa Horizonte 2020. E através de parcerias público-privadas serão adicionados mais 2,5 mil milhões de euros ao fundo de investimento.
Bruxelas vai apoiar também o desenvolvimento de uma plataforma de IA “a pedido”, disponibilizando recursos na União Europeia a todos os utilizadores. Anunciou ainda um Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos para apoiar empresas e startups a desenvolver projetos de IA. Até 2020, este fundo pretende mobilizar mais de 500 milhões de euros.
Dando seguimento à Declaração de Cooperação assinada pelos Estados Membros no dia 10 de abril, a Comissão vai começar a trabalhar num plano coordenado sobre a IA até ao final do ano. Os objetivos passam por maximizar o impacto do investimento a nível nacional e da União Europeia, fomentar a cooperação dos Estados-membros, trocar boas práticas e definir o caminho a seguir para garantir uma Europa mais competitiva na matéria.
“A Inteligência Artificial (IA) não é ficção científica; é já parte da nossa vida quotidiana, seja quando recorremos a um assistente pessoal virtual para organizar as nossas atividades diárias, seja quando os nossos telemóveis nos sugerem músicas de que podemos gostar”, lembra o Executivo europeu, contextualizando a aposta revelada. Além de nos facilitarem a vida, os sistemas inteligentes ajudam-nos a resolver alguns dos maiores desafios a nível mundial: tratar doenças crónicas, lutar contra as alterações climáticas ou prevenir ameaças à cibersegurança, acrescenta. “A Europa quer estar na vanguarda destes desenvolvimentos”.
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