A China quer ir além da tecnologia convencional e entrar na esfera da - até agora - ficção científica com a aposta forte na robótica, mais precisamente nos robots de aparência humana. O governo chinês revelou planos ambiciosos para a produção em massa de humanoides, que envolvem novas diretrizes e incentivos às empresas que apostem na indústria.

Acreditando que os robots de aparência humana vão ser tão disruptivos como os smartphones, a China está empenhada em liderar o setor, com planos para pôr humanoides a trabalhar em fábricas, quintas e casas já em 2025.

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O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação chinês definiu um plano estratégico para alcançar o objetivo visionário, que inclui apoio a novas empresas especializadas em robótica, a criação de standards para a indústria, o desenvolvimento de talento local e cooperação internacional.

Segundo o documento do MIIT, citado pela Bloomberg, a China espera que estes robots atinjam um "nível avançado" e sejam produzidos em massa até 2025, sendo considerados produtos "disruptivos", tal como os computadores, os smartphones ou os veículos elétricos, capazes de "remodelar o mundo".

Os detalhes da estratégia não são muitos, mas já há empresas chinesas a transformarem a visão em realidade. É o caso da Fourier Intelligence que vai iniciar a produção em massa do seu robot humanoide GR-1 até ao final deste ano.

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As previsões apontam para que em 2024 já existam milhares de GR-1, que podem mover-se a cinco quilómetros por hora e transportar até 50 quilogramas de peso.

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A China parece determinada a liderar o caminho numa nova era de robótica avançada, preparando-se para uma revolução tecnológica que poderá mudar fundamentalmente a forma como vivemos e trabalhamos, mas tem concorrência.

Um dos exemplos é a norte-americana Agility Robotics que também já tem uma fábrica preparada para construir robots bipedais que podem imitar movimentos humanos, como caminhar, agachar-se e transportar pacotes.

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