A Gamescom é um dos principais palcos da indústria de gaming a nível mundial. A feira divide-se entre os dias de exposição ao público, com a possibilidade de experimentar demos e uma componente dedicada ao negócio, onde os estúdios podem aproveitar para fechar negócios de distribuição com as grandes editoras. Foi exatamente este o objetivo do consórcio português eGames Lab Portugal, que participou na Gamescom e paralelamente na Devcom em Colónia entre os dias 20 a 27 de agosto. Este ano, a feira contou com mais de 320 mil participantes de 100 países e 1.220 expositores de 60 nacionalidades.
O eGames Lab é constituído por 22 entidades portuguesas, públicas e privadas, que incluem empresas tecnológicas, incubadoras, municípios e associações. As entidades abrangem desde Évora até Lisboa, assim como Madeira e Açores, segundo a informação do comunicado. O projeto tem como cofinanciamento o Plano de Recuperação e Resiliência e o NextGeneration da União Europeia, com o objetivo de alavancar a indústria dos videojogos em Portugal, com vista à sua internacionalização.
Neste contexto, o consórcio esteve presente na Gamescom, no salão principal de indie games, com o objetivo de apresentar os jogos em produção nos últimos nove meses pelos seus membros. O único jogo com demonstração jogável foi Hanno, em produção no estúdio One Way Eleven, referido como jogado por mais de 100 vezes pelos visitantes. Outros estúdios levaram também os seus projetos, nomeadamente a Redcatpig com um trailer de KEO (este título foi vencedor dos Prémios PlayStation em Portugal) e Hovershock; A FootAR levou o Augmented Reality Sports Data Live Games; a Walkme mostrou Wasted Rush; e a Infinity Games levou na mala os trailers de Furzies, Linea e Swipe.
O consórcio diz que os objetivos foram cumpridos, passando sobretudo por estabelecer um elo com as editoras internacionais, incluindo potenciais investidores e clientes. “Este foi um momento importante para a indústria dos videojogos em Portugal, assim como para o desenvolvimento da economia do país com um grande impacto na retenção de talento jovem altamente qualificado em áreas tão distintas como design, storytelling, engenharia informática, marketing e artes visuais”, é referido. O consórcio espera explorar os sectores de TI e Web 3.0 também.
Outra missão da eGames Lab é atrair “os principais intervenientes do sector para Portugal, potenciando a criação de um ecossistema sustentável e duradouro para a conceção e desenvolvimento de jogos”. E também introduzir no mercado os resultados dos seus esforços na investigação e desenvolvimento criativo em entretenimento interativo.
O orçamento global do projeto é de 32 milhões de euros e está inserido nas Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial. No seu website pode-se encontrar os objetivos nas areas fulcrais como a Estrutura de Blockchain para videojogos; Realidade virtual e aumentada no jogo; Jogos transformacionais para a saúde e pegada ecológica; Inteligência artificial para a criação de storytelling de jogos; Desenvolvimento de ecossistemas de pré-mercado.
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