A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (DARPA na sigla em inglês) está a trabalhar numa tipologia de software que não fica desatualizado. É a própria organização quem diz que o programa seria capaz de funcionar durante um século de forma segura e fiável.

O objetivo é acabar com todos os problemas relacionados com a atualização de software, que podem ir desde o tempo de desenvolvimento da atualização, até ao não suporte de diversas máquinas.

O programa de investigação BRASS, como é conhecido, vai ter a duração de quatro anos para descobrir os "fundamentos computacionais" e os requisitos ao nível dos algoritmos para criar um software que se mantém "robusto" e "funcional" mesmo após cem anos de utilização.

Mas como é que a DARPA pretende criar um software centenário? Criando um programa que consegue adaptar-se de forma dinâmica às mudanças nos recursos do qual depende diretamente e de acordo com o ambiente em que opera, explica a entidade em comunicado.

Quer isto dizer que o software desenvolvido teria a capacidade de perceber determinados parâmetros da sua utilização e adaptar as suas funcionalidades a esses requisitos ou tendência. Seria portanto algo parecido a um software "vivo", a um software que se adapta ao meio ambiente.

"A incapacidade de responder a mudanças pode resultar em sistemas tecnicamente inferiores e potencialmente vulneráveis", salienta em nota de imprensa um dos elementos ligados ao programa BRASS, Suresh Jagannathan.

Além da simplificação do processo de manutenção do software, a DARPA espera que esta nova metodologia possa contribuir para uma redução das despesas relacionadas com os programas.

A agência ligada à área da defesa dos EUA está também a trabalhar numa alternativa ao sistema de localização GPS.


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