A Waymo alegava que a Otto estaria a desenvolver tecnologia para os seus camiões autónomos roubada, que passou para esta unidade da Uber - dedicada às tecnologias de condução autónoma para veículos pesados – pelas mãos de um antigo funcionário.
No centro da polémica estava Anthony Levandowski, um engenheiro que deixou a Google para lançar a Otto e que a empresa acusava de ter roubado 14 mil documentos altamente confidenciais, antes de deixar o antigo emprego.
Agora, a batalha de gigantes chegou ao fim com as duas empresas a alcançar um acordo que implica que a Uber não pode incorporar as informações confidenciais da Waymo no seu hardware e software, assim como o pagamento de um valor que compreende 0.34% de equidade na última avaliação de 72 mil milhões de dólares da Uber.
Qualquer coisa como 245 milhões de dólares, um valor abaixo dos mil milhões de dólares pretendidos inicialmente.
Num comunicado, um porta-voz da Waymo disse que a empresa acredita que o acordo protegerá a sua propriedade intelectual "agora e no futuro".
“Estamos empenhados em trabalhar com a Uber para garantir que cada empresa desenvolva a sua própria tecnologia. Isso inclui um acordo para garantir que qualquer informação confidencial da Waymo não seja incorporada no hardware e no software da Uber Advanced Technologies Group”, esclareceu.
Por seu lado, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, assumiu, num post do blog da empresa, que a aquisição da Otto “poderia e deveria ter sido tratada de forma diferente”, assumindo o compromisso de que “terão aprendido com isso” e que essa aprendizagem servirá de exemplo para o futuro.
“Partilhamos uma profunda crença no poder da tecnologia para mudar a vida das pessoas para melhor”, refere Khosrowshahi.
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