O número de leitores de livros digitais está a aumentar, enquanto o número de "consumidores" de livros em papel está a diminuir, sublinham os resultados de um estudo conduzido pela Pew Internet.



De acordo com os últimos dados apurados pela empresa de estudos de mercado em 2011, o número de pessoas que tiraram partido de livros eletrónicos aumentou para 23%, contra os 16% registados um ano antes.



A penetração de leitores de livros eletrónicos e tablets também aumentou, tendo passado de 18% para 33%, tendo em conta os mesmos dados, que foram apurados no mercado norte-americano junto de pessoas com 16 anos ou mais.



A noção de que as livrarias asseguram uma oferta de livros digitais paralela à oferta de livros tradicionais em papel, também tem aumentado entre os 2.252 leitores inquiridos.



Nesta última edição da pesquisa 33% dos inquiridos estavam conscientes desta oferta, contra os 18% que manifestaram a mesma consciência no inquérito realizado no ano passado.
A Pew também concluiu que a percentagem de pessoas que utilizam livros em papel também diminuiu, passando de 78% para 75%.



A aposta nos livros eletrónicos e a disponibilização de funcionalidades que permitem consumir este tipo de conteúdos nos equipamentos têm servido de motor ao crescimento deste mercado.
Além dos leitores dedicados, os tablets vieram gerar uma maior procura de livros em formato digital e as lojas têm respondido com mais oferta.

Essa tendência é visível também em Portugal, onde ainda recentemente o grupo Leya lançou um serviço de autopublicação de livros digitais. Esta é uma oferta - que como têm feito outros do género lançadas internacionalmente - contribui para diversificar o portefólio de conteúdos digitais, para além de dar um sinal relativamente ao reforço da aposta das editoras no canal digital.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico