As conclusões fazem parte do estudo “O impacto da mobilidade na redução de custos e no aumento da produtividade em Portugal” que a IDC Portugal ontem revelou, e mostram que grande parte dos colaboradores das maiores organizações já passam mais de 20% do seu tempo fora do local de trabalho, o que potencia o uso de soluções móveis.

O reconhecimento de que as tecnologias de mobilidade são importantes ou muito importantes para conseguir objectivos ligados à produtividade e satisfação dos clientes começa também a ser generalizado, como explica Gabriel Coimbra, director da IDC Portugal.

Mesmo assim há ainda uma falta de maturidade no investimento em ferramentas de produtividade móvel, nas áreas de CRM e ERP, o que pode limitar os benefícios da tecnologia, indica o estudo. 19% dos inquiridos não têm qualquer orçamento para desenvolvimento de projectos de mobilidade interna nas suas organizações e 35% não têm orçamento para aplicações destinadas aos clientes.

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“Há um gap entre a percepção dos benefícios e a adopção de soluções tecnológicas na mobilização de processos internos”, reconhece Gabriel Coimbra.

O desenvolvimento de aplicações foi também abordado no estudo, que mostra que um quarto das empresas não têm estratégia para desenvolvimento de aplicações móveis para smartphones nem para tablets, embora 40% dos inquiridos afirmem já ter aplicações em utilização.

Gabriel Coimbra admite que a crise não deixa de fora as tecnologias móveis, mas afirma que o investimento nesta área tem vindo a aumentar em contraciclo com outras áreas que sentem mais o impacto da redução de custos. Esta tendência está, aliás, em linha com os números internacionais, onde o crescimento do número de equipamentos e aplicações tem influenciado o investimento das empresas nestas soluções.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador