Apostando na literacia e na inclusão social, o projeto permitirá que mais de 400 alunos tenham aulas de computação durante este ano letivo. Em comunicado, a NOS destacou a participação de seis turmas do primeiro ciclo das escolas de S. João da Pesqueira, Trevões, Ervedosa do Douro e Paredes da Beira, no distrito de Viseu.

"Com a ambição de fazer crescer o Projeto ZER01, estão previstos 'workshops' em outras escolas, com o objetivo de demonstrar a professores, alunos e encarregados de educação os benefícios associados à aprendizagem desta disciplina".

No primeiro período deste ano letivo irão realizar-se, em parceria com a Associação Bagos D'Ouro (que acompanha crianças e jovens desfavorecidos em contexto escolar da região do Douro), quatro 'workshops' sobre esta temática, com o objetivo de "fazer chegar o ensino da computação a cada vez mais alunos".

O projeto, que arrancou no início do ano letivo, envolve ainda duas escolas do Agrupamento n.º 1 de Gondomar e uma escola de Tires, que já estão a ter aulas de computação num regime semanal.

A NOS explicou que "a computação e´ a base científica que explora o poder dos computadores", permitindo "desenvolver o pensamento lógico, a capacidade de resolução de problemas" e estimulando a criatividade.

"É um corpo de conhecimento, independente do uso de máquinas, que pretende dotar as crianças e jovens de competências para atuarem como criadores e empreendedores, acompanhando as mudanças e as tendências sociais, económicas e tecnológicas", sublinhou.

No seu entender, como "o pensamento computacional inclui a abstração, a decomposição, o reconhecimento de padrões, a análise de algoritmos e o desenvolvimento de processos, de forma integrada", contribui "para uma melhor capacidade de aprendizagem de outras matérias fundamentais, como a Matemática e a Língua Portuguesa, e para a melhoria do desempenho escolar dos alunos".

Neste âmbito, o ensino da computação às crianças e jovens em idade escolar é "uma oportunidade ímpar para causar um impacto significativo no sucesso e inclusão das novas gerações".

A diretora de Comunicação Corporativa da NOS, Margarida Nápoles, referiu que, para o grupo de comunicações e entretenimento, "o ensino da computação contribui para o desenvolvimento de competências, para a igualdade de oportunidades das crianças e jovens e para aumentar o sentimento de excelência e a capacidade de cada um".

"Entendemos ser muito relevante que as crianças e os jovens aprendam a pensar computacionalmente, estando, desta forma, melhor preparados para a inserção na sociedade, através de uma definição clara e atempada da sua vocação", acrescentou.

O presidente da ENSICO (associação que defende o ensino da Computação para todos os estudantes do ensino básico e secundário), Luís Neves, considerou que "a computação é mais um reflexo da imaginação, criatividade e capacidade humanas".

"É a base científica que permite explorar o poder das máquinas. E é esse conhecimento, essa essência, aquilo que pretendemos oferecer às crianças e aos jovens através do projeto ZER01", realçou.

A NOS acrescentou que o ZER01 "não envolve apenas alunos, mas também professores", sendo as aulas ministradas por licenciados em Matemática, Educação Básica, Engenharia Informática ou Ciências da Computação, "recrutados especificamente para o efeito e abrangidos por um plano de formação para poderem fazer parte do projeto".