Esta semana deveria realizar-se mais uma edição da Electronic Entertainment Expo (E3), uma das mais antigas e maiores conferências de videojogos da indústria de gaming. O certame tem vindo a perder expressão nos últimos anos, sobretudo pelo abandono de fabricantes como a Sony, mas com a pandemia de COVID-19, desde 2020 que não se realiza. Em 2021, a organização ainda realizou o evento em formato exclusivo online, mas para 2022 a Entertainment Software Association (ESA) cancelou todos os planos traçados, rematando novidades para 2023.
Em entrevista ao The Washington Post, o presidente da ESA, Stan Pierre-Louis, reiterou que a organização ainda acredita que a E3 mantém a relevância na indústria do gaming e que em 2023 vai regressar ao formato presencial tradicional, suportado pela componente digital. “Por muito que gostamos destes eventos digitais, e por muito que alcance mais pessoas, e queremos esse alcance global, também sabemos que existe um forte desejo para as pessoas se reunirem, terem a capacidade de conectarem pessoalmente”.
Com a pandemia, as editoras têm aproveitado o calendário para realizar as suas próprias apresentações digitais. E o evento Summer Game Fest, apresentado pelo conhecido jornalista Geoff Keighley, tem vindo a preencher essa lacuna de um espaço agregador para os grandes anúncios de videojogos, revelações de trailers e outras novidades da indústria.
Estes eventos têm também demonstrado que as grandes editoras têm aliviado os grandes custos da sua presença, seja em viagens e alojamento do seu staff, o espaço ocupado no recinto, ao mesmo tempo que conseguem resultados ao fazer as suas apresentações online. Mas Stan Pierre-Louis acredita que ainda há espaço para realizar o evento à “moda antiga”.
“Penso que o que é excelente com toda esta experimentação é que as empresas, de todos os tamanhos, estão a tentar perceber o que funciona melhor para promover os seus produtos e o conteúdo que estão a tentar partilhar com os consumidores”. E nesse sentido, salienta que ainda existe espaço para um evento físico. Mas ao mesmo tempo a importância do alcance digital. “Combinando os dois, penso que esse é o elemento crítico que achamos que a E3 possa oferecer”, destaca o presidente da ESA.
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