![Estudo: Chegámos a um ponto de inflexão em que é urgente pensar nos riscos e desvantagens da IA](/assets/img/blank.png)
“Estamos num ponto de inflexão e é agora urgente pensar seriamente nas desvantagens e nos riscos que uma utilização mais abrangente da IA começa a revelar”. Esta é uma das conclusões de um estudo, que olha para a evolução da IA nos últimos cinco anos e antecipa os maiores desafios em torno da evolução da tecnologia, nos próximos anos.
Os autores da pesquisa One Hundred Year Study on Artificial Intelligence (AI100), conduzida pela Universidade de Stanford e que integrou especialistas de diversas áreas, lembram que a cada vez maior capacidade de automatizar decisões em escala, recorrendo à IA, é uma espada de dois gumes.
Agrava riscos como os deepfakes intencionais, ou de falhas nos algoritmos, que podem prejudicar e discriminar pessoas e concluem que a definição destes modelos deve envolver um leque multidisciplinar de profissionais - como mais destaque das ciências sociais - para evitar que o treino de algoritmos, apenas com base em dados históricos, perpetue desigualdades refletidas nesses dados.
Reconhece-se que os governos terão um papel central nos próximos passos da IA, moldando os desenvolvimentos e a aplicação da tecnologia, mas considera-se que não devem apenas preocupar-se como a criação de regulação. Devem também promover informação e formação às comunidades, por exemplo nas escolas, preparando a futura geração de trabalhadores, para que possam tirar o melhor partido destas tecnologias.
IA não deve ser pensada para substituir o humano mas para ser integrada nas suas comunidades
Sobre os Governos, admite-se também que já perceberam o papel que a IA pode ter na economia, na ciência ou mesmo na prestação de serviços públicos, mas considera-se que, de um modo geral, as “instituições governamentais ainda estão atrasadas, e será necessário um investimento sustentado de tempo e recursos para enfrentar os desafios colocados por uma tecnologia em rápida evolução”.
O estudo sublinha os progressos significativos em torno da inteligência artificial nos últimos cinco anos e o impacto real que esta passou a ter nas vida das pessoas, instituições e cultura. “A capacidade dos programas de computador para realizar tarefas sofisticadas de linguagem e processamento de imagem, problemas fundamentais que têm impulsionado desenvolvimentos desde o seu nascimento na década de 1950, avançou significativamente”.
Defende-se que embora a IA ainda esteja longe do estereótipo da tecnologia capaz de replicar a inteligência humana nas máquinas, fez largos progressos no que se refere à incorporação em aplicações com benefícios claros para a sociedade, em áreas como a saúde, por exemplo.
Para os cientistas fica uma recomendação, que passa por encarar cada vez menos a IA como uma meio para a completa autonomia e mais como um elemento adicional de uma comunidade - a espécie humana - que reconhece os ganhos de trabalhar em conjunto, para alcançar melhores resultados.
Nessa linha, defende-se que a IA deve, cada vez mais, ser incorporada nessa comunidade, com “linhas claras de comunicação entre decisores humanos e autónomos”. Afinal, “no final do dia, o sucesso será medido pela capacidade de melhorar a vida de todos e não pela eficiência das máquinas a desvalorizarem as pessoas que estamos a tentar ajudar”, sublinham os autores da pesquisa.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Ecrãs transparentes e tecnologia de áudio 3D brilham em formatos cada vez maiores nos televisores da CES 2025 -
Site do dia
TwinMind funciona como um companheiro inteligente de produtividade no browser -
App do dia
Gov.pt junta aplicações de autenticação e carteira de documentos numa única app -
How to TEK
4 formas de captar imagem e vídeo do ecrã do computador Windows
Comentários