Este ano, a inteligência artificial deverá somar investimentos de 17,3 mil milhões de dólares na Europa e em 2022 de 22 mil milhões. Até 2025, a IDC estima que a despesa com este tipo de sistemas cresça a um ritmo de 26,7% ao ano, para atingir os 50 mil milhões de dólares em 2025.
A indústria e a banca são os sectores que mais vão contribuir para este bolo, mas o maior crescimento na aposta em sistemas de inteligência artificial prevê-se que aconteça na saúde.
No seu Artificial Intelligence Spending Guide, que publicou recentemente, a consultora também destaca os investimentos previstos em IA no retalho, que devem focar-se sobretudo na automação dos serviços ao cliente, na implementação de serviços de recomendações de compras e de automação de pesquisa.
Na indústria, a expectativa é que os investimentos continuem a servir sobretudo o desenvolvimento de sistemas que permitam a manutenção preditiva, mas também a gestão da qualidade e a apoiar a investigação.
Andrea Minonne, analista sénior da IDC, comenta os números apurados para a região, defendendo que são um sinal de como “as empresas europeias vão considerar a IA uma tecnologia prioritária, que vai ter um impacto significativo em várias indústrias”. O crescimento acentuado do investimento nesta área também é um reconhecimento do “valor para a eficiência do negócio e resiliência digital da implementação de abordagens automatizadas e inteligentes durante a pandemia”, segundo o mesmo responsável.
A nível global, e por áreas de aplicação, a IDC prevê que é na automação de processos na área dos recursos humanos que o recurso à inteligência artificial mais vai crescer nos próximos anos. Segue-se a automação de sistemas TI, investigação na área dos medicamentos, aconselhamento de compras e automação de processos de reclamação. Estes dados constam também do Artificial Intelligence Spending Guide.
Recorde-se que a Europa quer dar cartas na IA a nível global. O tema é central na estratégia da região para os próximos anos e os esforços de regulação que começam a ser feitos pela Comissão Europeia pretendem fazer da UE um motor de desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial éticos, uma aposta que fará a diferença, resta perceber se como acelerador ou nem tanto.
Os números no entanto mostram que os investimentos, concretizados e previstos em IA para a região, estão aquém dos que já estão em marcha noutras regiões do globo. Daniela Braga, fundadora da DefinedCrown, convidada pela Casa Branca para integrar a equipa que vai ajudar os EUA a definir uma estratégia para a inteligência artificial, disse ainda recentemente à Lusa que a Europa está 10 anos atrasada na IA.
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