Pelo menos até ao ano 2006 o Linux não deverá roubar quota de mercado significativa aos sistemas operativos Windows, conclui um estudo recente do Yankee Group. A consultora inquiriu mais de mil executivos e responsáveis de tecnologias de empresas de todo o mundo sobre a sua intenção de mudar os sistemas para open source,



Os inquiridos afirmaram que as capacidades técnicas do Linux são equivalentes ao Windows e Linux, mas não superiores, garantindo um excelente desempenho, fiabilidade, segurança e facilidade de utilização. Porém, curiosamente o senão foi colocado no custo total de posse (TCO - Total cost of Ownership), considerado demasiado elevado.



Noventa por cento de 300 empresas com mais de 10 mil utilizadores consideraram que uma mudança significativa ou total do Windows para sistemas operativos Linux teria custos proibitivos, tornar-se-ia muito complexa e consumiria muito tempo. Para além destes custos, estes inquiridos afirmaram que esta mudança não traria ganhos tangíveis a nível de negócio para as organizações.



Laura DiDio, analista sénior da área de infra-estruturas aplicacionais e plataformas de software do Yankee Group explica em comunicado que "nas grandes empresas uma adopção significativa de Linux ou a mudança total de Windows para Linux seria três a quatro vezes mais cara e demoraria três vezes mais tempo a implementar do que um upgrade para uma nova versão do Windows".



Porém, esta mesma analista admite que existem casos em que a adopção do Linux melhora o custo total de posse quando comparado com Unix e Windows, nomeadamente em pequenas empresas com aplicações costumizadas a nível vertical ou em novas situações.



Este não é o primeiro inquérito que indica que os custos de mudança do Windows para Linux são muito elevados, existindo até análises de impacto baseadas em avaliações independentes que tiraram a mesma conclusão. Mas, o contrário é também verdade e são vários os relatórios que apontam para a redução de custos através da implementação de sistemas open source.

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