Europa quer ser o "vale" da computação quântica e 21 países assinaram compromisso. Portugal fica de fora

São 21 os Estados Membros da União Europeia que assinaram uma declaração conjunta para tornar a Europa o "vale quântico" do mundo, onde se comprometem a colaborar nesta área.

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A declaração já tinha sido lançada em dezembro, mas hoje 21 Estados membros assinaram a declaração europeia sobre tecnologias quânticas durante uma conferência organizada hoje pela presidência belga do Conselho da UE. Portugal não está na lista, embora já tenha sido reconhecida a importância que a tecnologia quântica representa para o futuro da tecnologia.

O documento que hoje foi assinado sublinha que as tecnologias quânticas são relevantes para a competitividade científica e industrial da UE. Segundo a informação partilhada, "os Estados-Membros comprometem-se a colaborar no desenvolvimento de um ecossistema de tecnologia quântica de classe mundial em toda a Europa, uma parte fundamental do plano da Comissão Europeia para a Década Digital".

A conferência, que foi organizada pela presidência belga do Conselho da União Europeia, está integrada na iniciativa de desenvolvimento da tecnologia quântica, que tem o propósito de tornar a Europa o "vale do quântico", numa referência ao "vale do silício" (Silicon Valley em inglês, onde nasceram as grandes tecnológicas da computação e da internet.

Quantum declaration

A aposta no desenvolvimento da tecnologia quântica, a Quantum Technologies Flagship,  é reconhecida como uma das iniciativas de investigação mais ambiciosas da Europa. foi lançada em 2018 e tem um orçamento de mil milhões de euros com uma agenda que se estende por 10 anos, definindo como meta atingir os objetivos da década digital de computação quântica até 2025.

A conferência reuniu a indústria, o meio académico e os governos para analisar uma colaboração mais profunda no campo da tecnologia quântica durante a próxima década, designada como "a década quântica". A declaração pode ser consultada neste link.

O SAPO TEK já contactou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para perceber a razão pela qual Portugal não assinou este compromisso mas até à hora de publicação deste artigo não obteve ainda resposta.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 19h24