Portugal é o quarto país da União Europeia com maior taxa de utilização de computadores junto dos jovens. Pelas contas da Eurostat, 99 por cento dos estudantes com mais de 15 anos usam computador e 97 por cento acedem à Internet. Este último indicador coloca Portugal na oitava posição da tabela, juntamente com países como a Áustria, Dinamarca e Letónia.



Os resultados reflectem o sucesso das medidas de introdução de PCs e ligações de banda larga nas instituições de ensino, uma iniciativa que deu destaque a Portugal em 2001, altura em que o país foi pioneiro na implementação de ligações de Internet. Em 2006, Portugal voltou a destacar-se, dessa vez com a ligação de todas as escolas públicas em banda larga, medida à qual se juntaram outras iniciativas do Estado, entre as quais o e-Escolas.



Contudo, a análise europeia contem alguns dados incorrectos face aos números nacionais. De acordo com o estudo "Progresso em Direcção aos Objectivos de Lisboa em Educação e Formação", em 2006, apenas 96 por cento das escolas portuguesas estavam ligadas à Internet, uma percentagem errada já que um estudo rigoroso efectuado em Portugal mostrava que a taxa de penetração da Internet nas escolas nacionais era de 100 por cento desde 2001.



A análise diz ainda que em 2006 a percentagem de escolas portuguesas ligadas em banda larga era de 73 por cento quando, na realidade, a percentagem se fixava igualmente nos 100 por cento para as escolas públicas e mais de 95 por cento para todas as instituições de ensino.



Por fim, é ainda referido que o ratio de computadores por cada centena de alunos é de 6, quando o valor médio é de 10,5 alunos.



Os erros detectados estão relacionados com um inquérito metodologicamente mal estruturado encomendado pelos serviços da Comissão Europeia a uma empresa em 2006.



A Agência para a Sociedade do Conhecimento - UMIC - refere que "erros desta ordem de grandeza não são admissíveis", principalmente depois de ter sido "comunicado à Comissão Europeia que os dados do inquérito referido estavam errados".



A UMIC estranha ainda o facto de nem depois da comunicação ter sido "feita a simples validação destes dados por contraposição com os valores oficiais do Eurostat […], que colocam Portugal entre os países da UE com mais elevada utilização de computadores e da Internet por estudantes".



Mesmo assim, o documento é complementado com alguns dados da OCDE, onde é se indica que em Portugal a percentagens de utilização diária ou quase diária de computadores junto dos estudantes é de 74,9 por cento em casa (7º na UE), de 10 por cento na escola (6º na UE) e de 7,1 por cento noutros lugares (6º na UE), "tudo valores muito superiores às correspondentes médias na União Europeia", diz a UMIC. A análise para a OCDE diz ainda que Portugal é o 2º país da UE onde os estudantes melhor utilizam as TIC.



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