As fabricantes HP, Lenovo e Dell caíram na última edição do Guide to Greener Electronics da Greenpeace. As três empresas foram penalizadas em um ponto ao anunciar que não cumpririam com o seu compromisso: eliminar o PVC e os retardantes de chamas (BFR) dos seus produtos antes do final deste ano.

De acordo com a ONG, nenhuma das empresas se apresou em mostrar um modelo no qual se verifique uma redução no uso do PVC e, de entre as fabricantes em causa, apenas a Lenovo estabeleceu um novo calendário para a eliminação de tais componentes do processo de fabrico: finais de 2010.

A Greenpeace explica que só mesmo a Apple e a Acer cumpriram os seus compromissos. Segundo a mesma fonte, estas empresas estão a trabalhar na retirada das referidas substâncias tóxicas dos seus produtos, embora os cabos sem PVC que a primeira empresa utiliza estejam ainda em processo de certificação.

"Se a Apple consegue encontrar soluções, então não há motivos para que outras empresas de electrónica não o façam", diz Iza Kruszewska da Greenpeace em comunicado. Segundo a activista, no final deste ano, "todos os fabricantes deveriam ter pelo menos uma linha de produtos sem substâncias químicas tóxicas".

A maior alteração verificada no ranking da Greenpeace foi mesmo o salto dado pela Philips, que passou do 15º posto da tabela para a quarta posição. Em causa está a pressão exercida pela organização de defesa do ambiente que, através das suas campanhas, conseguiu induzir a fabricante a melhorar os seus processos de fabrico e de reciclagem.

É de salientar que as empresas que mais se destacam neste ranking da Greenpeace são a Nokia, Samsung e a Sony Ericsson. As três fabricantes ocupam os lugares cimeiros da tabela com pontuações que oscilam entre os 7,5 e os 5,7 pontos (em 10 possíveis) graças às suas práticas de produção e políticas de responsabilidade ambiental.