Em comunicado, o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros justifica a medida “com um nível de ameaça extremamente elevado de ciberataques que poderá afetar a tendência de voto” e refere que a decisão foi tomada tendo por base as recomendações da Agência Nacional de Segurança dos Sistemas Informáticos.

Isto após, no passado dia 15 de fevereiro, Jean-Marc Ayrault, responsável daquele ministério, ter ameaçado aplicar sanções à Rússia ou a qualquer outro país que recorra às “armas informáticas” para tentar interferir nas eleições presidenciais da próxima primavera.

Nesta altura, e após as conclusões da Agência Nacional, o governo francês diz ter considerado preferível “não correr qualquer risco que comprometa a votação dos franceses no exterior".

O voto eletrónico estava reservado aos franceses que vivem fora do país em 11 circunscrições eleitorais, que agora passam a ter disponíveis apenas os sistemas tradicionais - por correio ou por procuração.

As próximas eleições legislativas em França decorrem em junho, logo após às presidenciais, que acontecem em abril e maio – onde também não há lugar para o voto eletrónico.