
Por Manuel Matos dos Santos (*)
Num tempo em que a tecnologia evolui à velocidade da inteligência artificial generativa e dos modelos de linguagem, e onde o mercado de trabalho exige não apenas competências técnicas, mas também vontade, adaptabilidade e visão crítica, as academias de formação integradas numa empresa ganham um protagonismo renovado. São, hoje, muito mais do que centros de aprendizagem técnica: são verdadeiras portas de entrada para carreiras sólidas, com propósito, nas indústrias mais promissoras da economia digital.
As organizações tecnológicas têm vindo a perceber que formar é reter, e que contratar não basta: é preciso desenvolver, acompanhar, envolver. Da banca à saúde, do retalho à energia, das seguradoras às telecomunicações, as áreas que há alguns anos eram restritas a poucos setores ou perfis profissionais — como data science, business intelligence ou engenharia de software avançada — hoje tornaram-se amplamente relevantes e indispensáveis para a grande maioria das indústrias e setores. E com isso, surgem novas oportunidades para quem quer entrar ou reentrar no mercado com ambição e propósito.
Os profissionais formados em Engenharia Informática, Física, Matemática, Estatística, e similares, encontram-se numa posição privilegiada para aproveitar estas oportunidades. As academias, programas de integração profissional, destinam-se assim a recém-licenciados à procura de um desafio profissional, mas também a profissionais em transição ou requalificação, que querem dar um novo rumo à sua carreira. Em comum, todos partem com um objetivo: crescer. E é exatamente isso que as academias devem oferecer — uma experiência de crescimento.
A formação técnica é sólida, intensiva e prática, com ferramentas e linguagens que o mercado procura. Mas o que verdadeiramente diferencia estas academias é a integração em equipas reais em ambiente de projeto, que permite aplicar os conhecimentos desde cedo, com impacto concreto, num ambiente de colaboração e mentoria.
O ingresso numa academia não é apenas iniciar uma formação. É entrar numa cultura. É ter acesso a trabalho híbrido e flexível, participar em eventos internos e externos, ter espaço para partilhar ideias e crescer com elas. São conversas informais com especialistas da área, conferências de soft e hard skills, jogos de futebol, padel ou de xadrez, ou ainda uma cerveja ao final do dia onde se partilham experiências, sucessos e desafios.
É também ter acompanhamento individualizado, avaliações com feedback honesto e planos de progressão transparentes. Para muitos, é o primeiro emprego com um salário competitivo e a possibilidade real de construir uma carreira numa empresa que valoriza quem está a começar, mas quer ir longe.
Numa altura em que tantos sentem que o trabalho é apenas mais uma tarefa, uma academia mostra o contrário. Que é possível gostar do que se faz, aprender todos os dias, ser respeitado pelas ideias e reconhecido pelo esforço. Que é possível equilibrar exigência com bem-estar, e construir um percurso com impacto — pessoal e profissional.
Porque sim, os salários importam. Mas importa também a cultura. O ambiente. O projeto. As pessoas com quem se trabalha. E nesse sentido, estas academias são lugares de encontro entre talento e a oferta profissional. Entre potencial, benefícios e realização.
Para quem quer entrar no setor tecnológico e na transformação digital, uma academia é hoje uma iniciativa de destaque enquanto uma das melhores portas de entrada. Porque não exigem muita experiência, mas pedem vontade. Porque não olham só para o currículo, mas para a atitude. Porque não promovem apenas o saber técnico, mas também a capacidade de aprender, comunicar, colaborar e inovar.
Na era da IA, o que continuará a fazer a diferença são as pessoas. Pessoas motivadas, capacitadas, integradas numa cultura que valorize a aprendizagem, o mérito e o crescimento.
O talento precisa de oportunidades. Mas também precisa de estrutura, acompanhamento e propósito. As academias devem oferecer isso mesmo: uma forma concreta de iniciar uma carreira com significado no setor tecnológico, com condições justas, desafios reais e espaço para crescer. Para quem está a começar, é difícil pedir melhor ponto de partida.
(*) Manager na Closer Consulting
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