Realizado anualmente, o Game Dev Camp já é um ponto de encontro da indústria de produção de videojogos em Portugal e reúne produtores, programadores, artistas, músicos, designers e estudantes, sendo igualmente uma oportunidade de estar em contacto com editoras ou eventuais investidores nos projetos.
Este ano o evento tem lugar no Lispolis e promete diversas talks durante os dois dias (25-26 de outubro) com membros de destaque da indústria nacional e internacional, como é o caso de Rui Casais, o CEO da experiente editora Funcom, produtora norueguesa de jogos baseados em Conan; Ricardo Flores, presidente da Associação de Produtores de Videojogos; Marco Vale da Indot, Francisco Moreira da Doppio e Diogo Vasconcelos da Nerd Monkeys, que abriram o keynote do evento. Pode confirmar todos os oradores para os dois dias no website oficial do evento.
Marco Vale abriu as hostilidades referindo que o objetivo do evento era unir a comunidade de produtores de videojogos, salientando que todos têm desafios e problemas nos seus projetos. "A partilha de conhecimento entre os envolvidos é o que move esta comunidade de produtores", destaca Marco Vale. Aproveitou para introduzir o website do Game Dev Camp, onde estão a ser reunidos os projetos nacionais, com informações dos jogos e até a possibilidade de os comprar quando são lançados.
“Quando alguém faz algo fantástico, toda a comunidade ganha com isso”, salienta o produtor, desafiando ainda os presentes a tentar adivinhar qual o próximo jogo português a ser um grande sucesso, entre os mais recentes Decay of Logos ou Strikes Edge, para referir exemplos."Mas o que interessa é a partilha, daqueles que já conseguiram finalizar projetos e possam passar conhecimento aos seguintes, algo de útil à comunidade", finaliza.
Para Ricardo Flores, a sexta edição do evento resulta num excelente ano para a indústria, destacando ainda o apoio da Funcom como parceira do Dev Camp. Destacou ainda a visita da Associação a Londres à procura de investimento em estúdios portugueses, assim como a enorme comitiva enviada para a Gamescom, um grupo organizado com diversos projetos nacionais.
À procura de talento
Rui Casais, o português que lidera a Funcom, explica que há 15 anos quando acabou os estúdios não havia estúdios em Portugal, por isso candidatou-se a um estágio na empresa e hoje em dia lidera uma das maiores editoras nórdicas, responsável por sete estúdios a produzir jogos de sucesso, entre eles Anarchy Online, Age of Conan, Conan Exiles e futuramente um novo título do universo Dune. Rui Casais refere que a sua presença não se tratou apenas por ser português, mas porque a sua empresa está a crescer e a recrutar, por isso o Game Dev é um local ideal para procurar talento.
A ZPX é uma empresa portuguesa que fazia produções para empresas internacionais, e um dos seus clientes era a Funcom. Recentemente surgiu a oportunidade de a empresa passar para o próprio portfólio da editora norueguesa, como estúdio interno. Em 2018 começou com 15 pessoas a trabalhar em projetos como Conan Exiles, Conan Unconquered e Mutant Road to Eden, e o mais recente Moons of Madness.
O crescimento do estúdio é evidente, contabilizando em dezembro de 2019 30 trabalhadores, e no final do próximo ano 50 pessoas, que irão ajudar a produzir Dune. Nesse sentido, está a fazer uma experiência chamada Indie Program, convidando produtores portugueses a trabalhar num workspace conjunto, a receber serviços de coaching, acesso a contactos através da sua network.
A ZPX vai lançar em breve um website para angariar candidatos, deixando ao público presente o desafio de participar. Rui Casais acrescenta que quer que a comunidade cresça, que aprenda, mas que não tem lugar para todos na sua empresa, por isso este programa passa por uma espécie de “captação” de talento, dando em troca a todos os interessados o conhecimento. Mas desafia todos, e dando como exemplo o seu currículo destaca que tudo pode acontecer...
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