O gaming foi um dos temas de destaque na Web Summit, desde a forma como os avatares virtuais estão a ser treinados por inteligência artificial e como estes já começaram a ganhar popularidade nas transmissões em direto. No painel Gaming For Good procurou-se explicar como os videojogos podem ser instrumentalizados em prol da sensibilização para as causas sociais e ambientais.

O impacto positivo que pode ser gerado, pelo alcance de milhões de pessoas que jogam numa base diária, sensibilizando para causas como as mudanças climatéricas, ajudando a educar, inspirar e ajudar, sobretudo aumentar a consciência para os problemas graves que o planeta atravessa.

O impacto positivo que pode ser gerado, pelo alcance de milhões de pessoas que jogam numa base diária, sensibilizando para causas como as mudanças climatéricas, ajudando a educar, inspirar e ajudar, sobretudo aumentar a consciência para os problemas graves que o planeta atravessa.

Personagens virtuais e inteligentes são o futuro do entretenimento e do gaming
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E como podem então os videojogos ajudar a resolver estes problemas da sociedade? O painel é composto por líderes de estúdios que têm utilizado o gaming para promover as causas sociais. Mathias Gredal Norvig, CEO da Sybo Games, destaca o papel de um dos seus jogos mais populares, o Subway Surfers para smartphones, associado a uma campanha de plantação de árvores. Mas houve referência a ações de acessibilidade e outros temas ecológicos. O CEO do estúdio, Mathias Gredal Norvig, refere que através de eventos especiais lançados nos seus jogos consegue-se massa crítica com capacidade para organizar ações impactantes.

Por outro lado, Jude Ower fundadora da Playmob, uma empresa especializada em reunir insights de dados dos jogadores que podem ser fornecidos a organizações. Os videojogos também são usados como ferramentas para perceber as motivações dos jogadores, incentivando-os a exprimirem-se sobre as suas preocupações.

Mathias Gredal Norvig diz que todas as empresas deviam fazer tudo para ajudar a combater as questões ambientais. Quanto mais os empregados das empresas de gaming estiverem envolvidos, mais a mensagem passa para os jogadores, com o objetivo de criar consciência sobre os problemas globais.

Também Eva Vonk, CEO da Tales, considera o gaming uma ferramenta poderosa para reunir equipas multidisciplinares para construir jogos com maior capacidade de consciencialização. Mathias Gredal Norvig destaca que a melhor oportunidade é pegar nos jogos atuais e fazer os ajustes necessários para torná-los mais “verdes”. Há muitas instituições que perguntam como gamificar as suas ferramentas e esse é também o papel dos estúdios de criar ativações e meios para as empresas transformarem as suas ações através do gaming.

Jude Ower diz que por vezes basta mudar um nível ou mesmo que seja um jogo inteiro para fazer a diferença, inspirar à criação de mais ações, sobretudo governamentais. No entanto, é preciso ter cuidado, na forma como se fazem os ajustes aos jogos, de forma a se manterem o mais fieis possíveis e não perderem o seu público e jogadores.

A Playmob tem um projeto europeu chamado The Great Project que pretende ultrapassar as falhas nas legislações. Pretende que as pessoas se manifestem e falem, para pegar nesses dados e mostrar aos reguladores e dessa forma fechar o círculo vicioso entre as necessidades sociais e as leis. É possível passar esses dados aos governos para estes procederem com a legislação.

O SAPO TEK mudou a redação para o Web Summit e acompanha tudo o que se passa na conferência e nos eventos paralelos que acontecem em Lisboa. agenda é longa e há muito para descobrir dentro e fora dos palcos.

Pode acompanhar tudo no nosso especial do Web Summit 2023 e também ver a transmissão em direto do palco principal com o SAPO.

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