No solo do planeta vermelho, os cientistas que analisam as imagens recolhidas pelo Curiosity descobriram que à noite, parte do vapor de água existente na atmosfera fica condensado à superfície e transforma-se em gelo.

Outra descoberta foi a de que existe perclorato de cálcio no solo, um tipo de sal que interfere com o processo de congelação da água e a torna líquida. Num solo poroso como o de Marte, essa água infiltra-se enquanto há condições para isso. Ou seja, durante a noite, já que quando o dia regressa a água que se mantém à superfície volta a evaporar-se.



Mesmo assim, os investigadores consideram que é pouco provável que a existência de água em estado líquido no planeta nestas condições seja suficiente para gerar vida, já que os restantes dados mostram que o planeta é "demasiado seco, frio e sujeito a radiações cósmicas tão potentes que atingem a superfície, matando todo o tipo de vida".



As conclusões foram publicadas na revista Nature e foram apuradas por investigadores de várias instituições e que analisaram as imagens do robot - a explorar Marte desde agosto de 2012 - na cratera de Gale.



Os dados recolhidos pelo Curiosity já permitiram encontrar outros indícios de água no planeta vermelho.


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