É um projeto tecnológico, é uma criação artística e possivelmente vai ser um recorde do Guiness mais do que garantido. Um criativo e entusiasta da fotografia, Jonathan Keats, vai captar uma imagem com mil anos de exposição - no qual a câmara regista tudo o que se passar à sua frente durante esse tempo.

A imagem começa a ser captada hoje, 6 de março de 2015, e só na primavera de 3015 é que estará completa. A câmara vai ficar no terceiro andar do Museu Estatal e Universitário de Arte do Arizona, nos EUA. Ficará localizada num espaço aberto e vai ser capaz de gravar a linha do horizonte e do céu ao longo dos tempos.

A pessoa responsável por fazer o "click" na máquina fotográfica - e quem está a ler esta notícia - não estará vivo para saber qual o resultado. Mas Jonathan Keats não está preocupado com esta visão fatalista:

"As gerações futuras são influenciadas por cada escolha que nós fazemos, mas eles são impotentes. Se eles não conseguem influenciar as nossas decisões, pelo menos podem ser testemunhas delas".

No entanto esta não é uma máquina fotográfica qualquer. Tem uma construção sólida em metal e em vez de usar película de fotografia, a imagem será gravada numa tela a óleo. Na parte frontal da câmara há uma placa de ouro de 24 quilates com um pequeno orifício, através do qual vai entrar a luz.

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Se a experiência correr bem, esta será a fotografia mais "lenta" do mundo, como a classifica a publicação especializada PetaPixel.

Esta não é a primeira vez que Jonathan Keats tenta um projeto a longo prazo. Em 2014 o artista colocou cem câmaras fotográficas em Berlim que vão ter um tempo de exposição de cem anos, o que também tentará mostrar como foi a evolução da cidade ao longo de um século.

Nota de redação: Corrigida gralha sobre a data de início do projeto


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico