
No Porto há um novo estúdio de desenvolvimento de jogos. A Game Studio 78, ou GS78 na sua versão curta, é uma empresa fundada com o objetivo de criar jogos que divirtam e entretenham as pessoas. O primeiro projeto já está em andamento e vai recorrer à ajuda da comunidade.
Em Hush conta-se a história de Ashlyn, uma rapariga que vai parar a um orfanato. Aí vai ter que enfrentar vários dos seus medos, que estarão divididos por níveis. Tudo gira à volta desta temática, sendo que a personagem não tem vida, tem antes uma barra de coragem.
Quanto mais coragem Ashlyn tiver, mais vigor terá na forma como luta contra os medos. Mas se perde a coragem, a rapariga entra em pânico e o jogo acaba. Para ajudar a combater as "más energias" o jogador vai ter armas inspiradas em brinquedos, como o peluche Gogo.
Em conversa com o TeK o diretor executivo da Game Studio 78, Rogério Ribeiro, revelou que o jogo vai ter uma forte componente artística, razão pela qual os primeiros elementos da equipa, que agora tem oito membros, foram recrutados "às artes", tanto no design como na música.
Hush está a ser desenvolvido em Unity e por isso é que a aposta também é multiplataforma, "facilmente se transpõe o jogo", explicou o CEO da GS78. PlayStation 4, Nintendo Wii U, Xbox One, PC, Mac, Windows Phone, iOS, Android, PS Vita e Nintendo 3DS são as plataformas onde o jogo indie vai ter estreia marcada.
"Tem que se sentir que está dentro do mesmo ambiente, a mecânica de jogo tem que parecer sempre a mesma", justifica Rogério Ribeiro a propósito do caracter transversal do jogo. A ideia passa por continuar no tablet o que não se acabou na consola, e vice-versa.
A chegada do jogo só deve acontecer em dezembro de 2014, mas no dia 1 de março já arranca a campanha de crowdfunding no Indiegogo que tem como objetivo ajudar a um impulso no desenvolvimento do título. A empresa nortenha vai pedir 180 mil euros "para produzir um jogo de classe A que é para exportar", analisou Rogério Ribeiro.
Hush é aquilo a que o CEO chama de jogo equilibrado. "Não é um título para pessoas de jogos completamente casuais, é para quem acha que um maior desafio traz divertimento". Ou seja, chega para entusiasmar os hardcore gamers, mas já é desenvolvido demais para os que estão habituados apenas a jogos mais básicos.
Por 15 euros os "contribuintes" vão ter direito a uma chave do jogo para descarregar em qualquer plataforma. Por 25 euros, por exemplo, levam para casa o jogo e a banda sonora do mesmo. Por mais algum dinheiro os utilizadores podem desenhar um quadro que vai aparecer nos níveis do jogo, enquanto um outro pledge vai permitir que alguém desenhe um dos vilões de Hush.
Mesmo que a campanha não concretize o objetivo, o desenvolvimento do jogo vai avançar. O Kickstarter também é uma alternativa num cenário de fracasso. Até agora todo o capital tem sido investido pelos elementos da equipa da Game Studio 78.
A minha consola é mais indie do que a tua
Com a chegada da oitava geração de consolas reacendeu-se o debate - e o interesse - por jogos indie. Os últimos tempos têm mostrado que não é preciso ser um grande estúdio ou ter tudo bem planeado para atingir o sucesso. Citar o Flappy Bird neste caso é obrigatório no que diz respeito a dispositivos móveis, enquanto o Thomas Was Alone pode servir para o PC.
O TeK pediu a opinião de Rogério Ribeiro sobre qual a melhor plataforma para jogos indie. "Com a Nintendo foi tudo rápido, a Microsoft dá a licença do Unity e com a Sony o processo ainda está a decorrer", disse a propósito da experiência que tem com o jogo Hush.
Mas num panorama mais geral, o CEO do estúdio de jogos preferiu fazer uma comparação entre a geração anterior e a atual. "A PlayStation 3 e a Xbox 360 eram muito fechadas. Com as novas consolas os sistemas estão mais abertos".
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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