A IBM anuncia um “salto” no mundo da computação quântica com o Eagle, um novo processador quântico com uma capacidade de 127 qubits. O processador, revelado pelo CEO Arvind Krishna numa recente entrevista, é o primeiro da empresa a ultrapassar a marca dos 100 qubits e destaca-se pelo seu novo design, que promete um aumento significativo da capacidade de computação.
De acordo com a tecnológica norte-americana, o Eagle conta com um design que coloca os componentes dedicados ao controlo do processador em múltiplos níveis físicos, mantendo os qubits numa única camada.
A empresa afirma que o resultado é um processador quântico que não consegue ser simulado por supercomputadores tradicionais. O Eagle estará disponível para alguns dos membros da rede IBM Quantum a partir de dezembro.
A IBM tem também uma versão atualizada do seu roadmap de desenvolvimento, seguindo as alterações que tinha feito em fevereiro deste ano e prevendo um futuro onde, pelo ano 2025, a computação quântica consiga ser aplicada de forma mais prática a um vasto conjunto de aplicações que ultrapassem a capacidade da computação clássica.
Olhando para o futuro, a tecnológica levanta também a ponta do véu em relação ao Quantum System Two, concebido especialmente para trabalhar com processadores com mais de 1.000 qubit, numa opção mais modular e com capacidade para albergar e arrefecer vários processadores em um único sistema, avança o website ZDNET.
Depois do Eagle segue-se agora o processador Osprey de 433 qubit, com uma data de chegada prevista para 2022, e, em 2023, o Condor, com uma capacidade de 1.121 qubit. Em 2020, a empresa revelou que ambiciona chegar à marca do milhão de qubit, tendo desenvolvido o "super frigorifico" Goldeneye foi pensado para conseguir arrefecer a quantidade enorme de qubit.
Já em abril de 2021, a IBM anunciou a sua primeira venda comercial de um computador quântico a uma empresa privada. A Cleveland Clinic, uma empresa que opera na área da saúde, vai trabalhar com a IBM durante os próximos 10 anos, recebendo suporte em matéria de serviços de cloud e de Inteligência Artificial para investigação.
Ainda no mundo da computação quântica, recorde-se que, em outubro, a China apresentou os resultados de dois projetos de investigação que representam avanços relevantes. Em destaque está o ZuChongzhi 2 que, com os seus 66 qubits, consegue multiplicar por um milhão a complexidade dos cálculos realizados pelo Sycamore da Google.
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