A palavra “aberto” faz parte das prioridades do comissário Carlos Moedas, o comissário português responsável pela área de Investigação, Ciência e Inovação na União Europeia, e pelo meio da estratégia da ciência aberta há também o projeto de criar uma European Open Science Cloud.

No âmbito da estratégia de ciência aberta Carlos Moedas acredita que há que considerar o acesso dos investigadores de forma aberta a toda a informação e artigos científicos, a dados que são públicos, mas garantindo a integridade da informação.

Já há um piloto em curso com o openAire, uma plataforma aberta que a Comissão Europeia quer alargar, juntando o projeto de integridade na Ciência, porque esta é uma área que exige responsabilidade e segurança na publicação da informação.

Questionado pelo TeK em relação à European Open Science Cloud, Carlos Moedas explicou em conferência de imprensa no ICT2015 que este é um projeto conjunto entre a direção da Investigação e Ciência e a DG Connect e que pretende criar uma cloud aberta para os investigadores publicarem os seus dados de forma segura.

Vai ser lançada uma consulta pública para que os cientistas e a indústria se pronunciem sobre as suas necessidades nesta área, se precisam de uma cloud, que tipo de governance, se deve ser uma plataforma pública ou privada, de forma a definir-se uma arquitetura. A iniciativa faz parte dos instrumentos previstos no programa do Horizon 2020 para 2016-2017.

“Há áreas que e cientistas que estão muito organizados e que não precisam de outras plataformas de cloud, mas há algumas que não têm um local onde guardar a sua investigação e dados de forma segura”, explicou o comissário, apontando como exemplo as ciências sociais.

Em paralelo o Horizon 2020 prevê também o investimento em supercomputação, para chegar a exaescala, uma aposta que Robert Viola também destacou na sua intervenção hoje no ICT2015.