
A IDC reviu em baixa as previsões de vendas para o mercado de PCs. Este ano, a consultora acredita que as vendas de computadores vão crescer 3,7%, para 273 milhões. Nos anos seguintes, e até 2029, a estimativa de crescimento é mais modesta, e fixa-se apenas em 1% ao ano.
A revisão em baixa já reflete as perspetivas menos otimistas do mercado, enquanto ainda se aguarda pelo efeito das tarifas à importação que a Administração Trump está a implementar. Junta-se um esperado abrandamento nas vendas, após o ciclo de renovação impulsionado pela migração para o Windows 11.

“Os aumentos de preços resultantes das tarifas nos EUA, combinados com uma procura reduzida, estão a ter um impacto negativo no maior mercado de PCs”, sublinha Jitesh Ubrani, responsável de pesquisa da IDC's Worldwide Mobile Device Trackers, numa referência direta aos Estados Unidos. O mesmo responsável também destaca que este abrandamento na procura não está a afetar só os Estados Unidos e é global, por causa das dúvidas macroeconómicas que continuam a assombrar as economias.
Este ano, o mercado empresarial, incluindo o segmento da educação, será o grande driver de crescimento para as vendas de PCs. Só as vendas empresariais devem crescer 2% em 2025, impulsionadas por alguns projetos de migração mais expressivos e, mais para o final do ano, também por decisões de renovação de equipamentos motivadas pela procura de modelos com capacidades de inteligência artificial generativa.
O Japão será um dos mercados com mais impacto, em termos de países, nas vendas de equipamentos impulsionadas pela migração para o Windows 11 em 2025. As vendas podem crescer mesmo a dois dígitos.
Nos tablets, as perspetivas são ainda menos otimistas do que nos PCs. Já este ano, espera-se que as vendas caiam 0,8%, para 143,3 milhões de unidades e a tendência deve manter-se até 2019.
Nesse ano, a IDC calcula que as vendas não irão além das 141,6 milhões de unidades, a refletir a saturação do mercado. A exceção vai para o mercado chinês, onde se espera que as vendas de tablets continuem a crescer a curto prazo, por causa dos subsídios que existem para apoiar essa compra.
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