Baseado no número de neurónios do cérebro humano, o chip neuromórfico é composto por 128 núcleos, cada um com 1.024 neurónios artificiais, num total de mais de 130 mil neurónios e 130 milhões de ligações sinápticas, disse Michael Mayberry, director da Intel Labs.

Apesar do chip (que tem o mesmo nome que um vulcão no Havai) estar longe dos mais de 80 mil milhões de neurónios humanos, para Mayberry, os chips de autoaprendizagem podem trazer muitos e novos benefícios para a Inteligência Artificial.

O executivo deu como exemplos a possibilidade de verificar a frequência cardíaca de uma pessoa ao longo de várias atividades diárias para detetar ritmos cardíacos irregulares ou o seu uso na segurança cibernética para detectar comportamentos anormais do sistema.

O chip pode ser também usado em dispositivos que precisam aprender em tempo real como drones e carros autónomos e semáforos, ajustando-se automaticamente às condições do trânsito.

Para além da sua velocidade, o Loihi é cerca de 1.000 vezes mais eficiente do que um chip normal porque apenas consome energia quando existe um “pico de atividade”.

A IBM  Research também trabalha há uns anos num chip neuromórfico, o TrueNorth, que com os seus 4.096 núcleos “apenas” consegue simular o equivalente ao cérebro de uma abelha.