Progress Thru Processors é o nome do software, desenvolvido pela Intel em parceria com a associação GridRepublic, que vai possibilitar a afectação de recursos computacionais, que o voluntário não esteja a utilizar, aos projectos Rosetta@home, Climateprediction.net ou Africa@home. O Facebook serve de plataforma.

A aplicação só será activada quando, e na medida em que, parte da sua capacidade do processador não estiver a ser necessária. Desta forma não prejudica o desempenho do PC na utilização pelo seu proprietário, mas associada à contribuição de outros voluntários permite aos investigadores o tratamento de dados que seria difícil - ou extremamente dispendioso - processar num só equipamento.

"Executando uma simples aplicação no seu computador, que usa poucos recursos, pode aumentar os recursos dos investigadores que trabalham para um mundo melhor", afirmou a vice-presidente da Intel, Deborah Conrad, citada pela Agência France Press.

O TeK noticiou recentemente um projecto ibérico de "computação voluntária" que pede aos colaboradores exactamente o mesmo: o IBERCIVIS.

O Progress Thru Processors apoia-se no mecanismo da rede social, o que deverá permitir chegar a um maior número de pessoas. O Facebook conta actualmente com mais de 250 milhões de membros.

Este factor terá sido determinante para os responsáveis pelo projecto. "A utilidade social e científica da computação voluntária resulta do número de participantes. Quanto mais pessoas aderirem, maior e melhor será o trabalho que juntos poderemos desenvolver", realçou o director executivo da GridRepublic, Matt Blumberg, em declarações à AFP.

Prontos a satisfazer a sua vontade estão três projectos diferentes.

Os investigadores do Rosetta@home precisam dos computadores para determinar as formas tridimensionais das proteínas que deverão permitir encontrar a cura para algumas das principais doenças dos nossos tempos, como o cancro, Sida ou a doença de Alzheimer.

A iniciativa Climateprediction.net dedica-se a prever e testar modelos com vista a perceber as causas das alterações climáticas. O projecto Africa@home procura uma forma eficaz de combater a malária, recorrendo ao processamento informático para a simulação de modelos de transmissão da doença e do impacto de novos medicamentos e vacinas nos mesmos.

A versão beta da aplicação está a ser testada desde segunda-feira, o programa pode ser descarregado a partir do Facebook.