A Intel quer ajudar os educadores a melhorar o ambiente de ensino em ambiente digital, introduzindo tecnologia para tornar as aulas mais interativas e produtivas. Os seus ecrãs IFPD (Interative flat panel displays) são referidos como uma oportunidade para partilhar com os estudantes algo mais que o conhecimento e as lições, mas também a responsabilidade da aprendizagem e a exploração de como aplicar esse conhecimento.
A mais recente versão do seu software para IFPD introduz analítica para ajudar os educadores a analisar a sua audiência de alunos, medindo a sua capacidade de resposta e obter uma melhor compreensão sobre o ambiente na soala de aula virtual. Os professores podem também gravar o conteúdo dado na sala de aula para que possa ser partilhado mais tarde.
Além destes ecrãs permitirem novas abordagens criativas e interativas, tais como desenhar, adicionar imagens ou mostrar vídeos de forma mais envolvente, os IFPDs estão também conectados aos equipamentos dos alunos. Estes respondem ao toque, encorajando uma colaboração espontânea entre alunos e professores. E a tecnologia garante ainda que as escolas espalhadas pelo mundo estejam conectadas mais facilmente, segundo é referido no seu website.
Adicionalmente, a Intel e a Classroom Technologies estão a trabalhar em ferramentas de inteligência artificial que detetam o estado de espírito dos alunos nas salas de aula virtuais. Esta funcionalidade, segundo avança o Protocol, vai ajudar os professores a analisar quando um aluno está aborrecido, confuso ou distraído. A tecnologia utiliza reconhecimento facial, de voz e outros sistemas que analisam as expressões das pessoas. A IA determina os sentimentos das respetivas pessoas.
A tecnologia não está a ser bem-recebida por questões éticas e as ramificações morais da monitorização dos estudantes e o acesso aos seus estados emocionais. É ainda referido que as expressões não são universais e uma mesma expressão facial pode significar diferentes coisas para cada pessoa. A tecnologia, referida como “emotion AI” já está integrada no Zoom, na funcionalidade Class, um produto criado pela Classroom Technologies.
Um investigador da Intel referiu ao portal que a intenção por trás da tecnologia não era a vigilância dos alunos. No entanto, já existe um movimento de utilizadores que escreveu uma carta aberta à Zoom, referindo que recolher dados de emoções dos utilizadores “não torna o mundo um lugar melhor”, salientando a venda desses dados às empresas. É referido que o sistema é manipulativo, assente numa visão distópica em que os alunos e empregados são controlados e disciplinados através da vigilância. Salientam ainda que o sistema é discriminatório, à semelhança do reconhecimento facial em geral, uma vez que assume que todas as pessoas utilizem as mesmas expressões faciais, padrões de voz e linguagem corporal. O sistema discrimina certas etnias e pessoas com problemas físicos.
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