As vendas mundiais de PC em 2024, devem atingir as 389,9 milhões de unidades, um crescimento previsto de 2,6% relativamente a 2023, revela a IDC. Mas ainda não é a inteligência artificial, e os novos processadores e NPUS, a impulsionarem estes resultados. As entregas de PC tradicionais vão manter-se estáveis nos 261 milhões de unidades, enquanto as previsões para o mercado dos tablets apontam para um crescimento de 7,2% na comparação anual, explica a IDC, evoluindo com o ciclo natural de substituição de equipamentos e com investimentos projetados.
Em 2025, o crescimento será mais elevado (4,3%) devido ao fim do suporte ao Windows 10, que “vai acelerar o ciclo de atualização, especialmente entre os compradores profissionais”. A IDC prevê ainda “esta situação se torne numa oportunidade para a Apple conquistar uma quota marginal”, passando de 9,1% em 2024 para 9,7% em 2025 e 10,2% em 2026, enquanto as empresas aproveitam o ciclo de atualização para migrar alguns fluxos de trabalho para Mac.
Excluindo o mercado chinês, o mercado tradicional de PC deve crescer este ano 2,8%. A “China continua a sofrer com uma confluência de desafios macroeconómicos”. No entanto, as vendas de tablets mantêm-se resistentes, o que pode estar relacionada com os “esforços da Huawei”.
Ainda relativamente ao mercado dos tablets, “o primeiro semestre de 2024 mostrou a agressividade de alguns dos fornecedores de Android na concorrência no mercado dos tablets”, em particular em regiões emergentes como a Ásia/Pacífico (excluindo o Japão), a República Popular da China (RPC) e a Europa Central e de Leste.
A taxa de adoção de tablets deverá aumentar a curto prazo, graças a “modelos de tablet mais recentes com processadores melhorados, ecrãs maiores e conetividade”. Também “o ciclo de substituição de dispositivos vai contribuir para o crescimento”, explica Anuroopa Nataraj, analista de investigação sénior da Mobility and Consumer Device Trackers.
A IDC considera que as perspetivas a longo prazo para o mercado dos tablets são estáveis, uma vez que os smartphones potentes estão a aproximar-se das capacidades dos tablets e os PC continuarão a ter o melhor desempenho de todos.
A inteligência artificial está a desempenhar um “um papel fundamental na modelação do panorama dos PC, melhorando a produtividade e a experiência personalizada do utilizador”, de que é exemplo a introdução do Copilot+ pela Microsoft. A IDC espera que América do Norte, os principais países da Ásia/Pacífico (RPC, Índia, Japão) e alguns países da Europa Ocidental liderem a adoção de PC com IA, “embora esta seja na maioria impulsionada pela necessidade de novos PC”, explica a IDC. Os consumidores que precisam de atualizar o hardware estão naturalmente a comprar o que está disponível.
“As empresas reconhecem certamente a importância da IA”, explica Jitesh Ubrani, gestor de investigação da Worldwide Mobile Device Trackers, mas ainda não vêm como a podem utilizar de imediato. As empresas estão a comprar PC com IA para se “preparar para o futuro”.
Já os consumidores, ainda “não compreenderam totalmente a importância de uma Unidade de Processamento Neural (NPU) integrada e provavelmente precisam de mais educação ou orientação das fabricantes (OEM – original equipamento manufacturer)”, detalha Jitesh Ubrani.
As pessoas ainda não procuram PC com IA, mas isto é o que as empresas querem vender, por isso, quando o consumidor precisa de um novo portátil topo de gama que dure muitos anos, as opções com inteligência artificial são das melhores, adianta a consultora.
Entretanto, a inclusão de unidades de processamento neural e requisitos de hardware para utilização de IA, contribuem para que os dispositivos premium “tendam a ter mais memória e armazenamento” o que levará ao “aumento dos preços médios de venda nos próximos anos”, acrescenta o gestor de investigação.
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