A evolução das impressoras 3D deu mais um passo. Já se imprimem casas, pontes e até foguetões em peças únicas. No entanto, as impressoras 3D atuais estavam limitadas à utilização de um único material de cada vez. Agora, investigadores da Universidade do Wisconsin anunciaram a descoberta de uma forma de utilizar a luz para imprimir em 3D com mais do que um material em simultâneo.
Atualmente, as impressoras 3D com capacidade para imprimir múltiplos materiais utilizam depósitos separados. Esta inovação dos cientistas da Universidade do Wisconsin usa apenas um depósito, com dois monómeros – moléculas que se juntam para criar uma substância de impressão 3D.
De seguida, a equipa de Wisconsin recorreu à luz para ligar esses monómeros e concluíram que o produto final terá propriedades diferentes, dependendo se estiver a ser usada luz visível ou ultravioleta. Os investigadores esperam, assim, que esta abordagem com um só depósito venha a ser mais prática do a que tem vindo a ser utilizada até aqui, com recurso a múltiplos depósitos.
Esta descoberta, embora ainda numa fase muito inicial, pode vir a abrir caminho para um novo conceito na impressão em 3D. De acordo com A.J. Boydston, professor de química da Universidade do Wisconsin, “existem ainda muitas imperfeições, mas estamos perante novos desafios muito estimulantes”.
Tendo descoberto esta base, os cientistas trabalham agora no sentido de determinar quais os monómeros que melhor funcionam em conjunto num depósito único, o que se prevê que possa demorar algum tempo. A expectativa dos investigadores é que este interface entre a engenharia e a química venha a permitir criar objetos cada vez mais complexos no futuro.
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