A OpenAI quer passar a concentrar esforços no desenvolvimento de uma superinteligência, capaz de mudar realmente o papel das máquinas no trabalho, na ciência e na inovação, admitiu o co-fundador e presidente da empresa, Sam Altman, numa publicação no seu blog pessoal.
“Estamos a começar a virar o nosso objetivo para a superinteligência no verdadeiro sentido da palavra. Adoramos os nossos produtos atuais, mas estamos aqui para o futuro glorioso”, promete Sam Altman, referindo que a dona do ChatGPT já sabe como chegar à AGI.
“Com a superinteligência, podemos fazer tudo o resto. Ferramentas superinteligentes poderiam acelerar maciçamente a descoberta científica e a inovação muito para além do que somos capazes de fazer por nós próprios e, por sua vez, aumentar maciçamente a abundância e a prosperidade”.
O caminho que Altman traça para a OpenAI na verdade não é novo. A agora empresa, antes laboratório de investigação, trabalhou desde sempre com o propósito de alcançar a chamada Inteligência Artificial Geral, como o próprio Sam Altman recorda na mesma publicação.
O que parece ter mudado é a convicção de que esse objetivo está mais próximo e que faz sentido trabalhar já hoje para lá chegar. A mesma OpenAI admitia numa publicação de 2023 algumas preocupações sobre o tema, como recorda o TechCrunch, que parecem agora ter-se dissipado.
Não temos “uma solução para dirigir ou controlar uma IA potencialmente superinteligente e evitar que ela se torne desonesta”, referia a publicação, onde também se admitia que os humanos não seriam capazes de “supervisionar de forma confiável sistemas de IA muito mais inteligentes”. Por tudo isso, dizia ainda a tecnológica, no momento as suas técnicas “não seriam dimensionadas para superinteligência.”
Sam Altman mostra-se agora disposto e convicto de que é possível dar em breve mais um salto surpreendente nos desenvolvimentos da IA generativa. “Neste momento, isto parece ficção científica e é um pouco louco falar sobre o assunto. Não faz mal - já passámos por isso e não nos importamos de voltar a passar”.
O responsável acrescenta que a empresa está “bastante confiante de que, nos próximos anos, toda a gente verá o que nós vemos, e que a necessidade de agir com grande cuidado, maximizando ao mesmo tempo o benefício e a capacitação geral, é de grande importância”.
Mas, pelas palavras de um dos homens que provavelmente estará em melhor posição a nível mundial para falar em desenvolvimentos prováveis da IA nos próximos tempos, não serão necessários anos para perceber todos os grandes avanços que a IA ainda tem para oferecer.
“Estamos agora confiantes de que sabemos como construir a AGI tal como a entendemos tradicionalmente. Acreditamos que, em 2025, poderemos ver os primeiros agentes de IA ‘juntarem-se à força de trabalho’ e alterarem materialmente a produção das empresas”, sublinha.
Segundo a definição da própria OpenAI, chegaremos à AGI quando tivermos “sistemas altamente autónomos que superam os humanos nos trabalhos mais valiosos do ponto de vista económico”.
Sam Altman continua também a defender que “a melhor forma de tornar um sistema de IA seguro é lançá-lo no mundo de forma iterativa e gradual, dando à sociedade tempo para se adaptar e co-evoluir com a tecnologia, aprendendo com a experiência e continuando a tornar a tecnologia mais segura”. A palavra segurança é aliás repetida com insistência por Altman ao longo do texto.
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