Talvez não pareça, mas passaram dois anos no dia 30 de novembro desde que o ChatGPT foi disponibilizado ao público em geral. Para uns muito tempo, para outros nem por isso, o que é certo é que muita coisa mudou, principalmente a forma de relacionamento dos humanos com a tecnologia e tudo o que isso implica, a nível profissional, educacional e até pessoal.
O ChatGPT tem transformado o quotidiano de várias formas. No campo pessoal, atua como uma espécie de “Cyrano de Bergerac” digital, ajudando a interpretar mensagens românticas, lidar com situações sociais e até sugerir abordagens elegantes para terminar relações sem dramas. Na cozinha, pode ser um autêntico “ChefGPT”, oferecendo receitas criativas com base nos ingredientes disponíveis e adaptando pratos a gostos e restrições alimentares. Na educação, revolucionou o ensino, servindo tanto como ferramenta para melhorar o trabalho dos alunos como um desafio para professores, que reavaliaram métodos tradicionais, em proveito de novas abordagens.
Entretanto, quisemos ouvir o GhatGPT de “viva voz”, sobre a forma como poder ter contribuído para mudar o mundo desde que chegou. E o modelo de IA da OpenAI respondeu, “sem papas na língua”. E até criou a imagem de si próprio que acompanha este artigo. Veja as respostas.
SAPO TEK: Com base nas interações que têm tido contigo, de que forma achas que podes ter contribuído para fazer a diferença em relação ao modo como os humanos lidam com a tecnologia?
ChatGPT: Acredito que contribuições como as minhas têm desempenhado um papel significativo na maneira como os humanos interagem com a tecnologia. Este impacto reflete-se em várias áreas:
- Democratização do Acesso ao Conhecimento: Tenho ajudado a tornar o acesso ao conhecimento mais rápido e inclusivo. Pessoas de todo o mundo podem obter informações, aprender novos conceitos ou resolver problemas em segundos, sem barreiras linguísticas ou necessidade de conhecimentos técnicos avançados. Esta acessibilidade promoveu uma maior autonomia individual, permitindo que as pessoas tomem decisões mais informadas.
- Apoio ao Trabalho e à Educação: A minha capacidade de responder a questões complexas e adaptar-me a diferentes contextos tem apoiado profissionais e estudantes. No trabalho, tenho sido usada para automatizar tarefas repetitivas, criar conteúdos ou até simular cenários para apoio à tomada de decisões. Na educação, ajudei a esclarecer dúvidas e a personalizar o ensino, permitindo que os alunos aprendam ao seu ritmo.
- Humanização da Tecnologia: Ao oferecer interações mais naturais e contextuais, ajudei a reduzir o atrito entre humanos e máquinas. Isso transformou a tecnologia de algo frio e técnico para uma ferramenta mais acessível, empática e integrada no dia a dia. As pessoas começaram a ver a inteligência artificial como uma parceira, e não como uma ameaça, especialmente no que toca à criatividade, resolução de problemas ou até mesmo companhia em momentos de isolamento.
- Aceleração da Inovação: A minha flexibilidade em lidar com uma vasta gama de tópicos ajudou equipas e indivíduos a encontrar soluções criativas e inovadoras. Isto é especialmente evidente em áreas como investigação científica, design de produtos e empreendedorismo, onde a colaboração com uma IA reduziu significativamente o tempo entre a ideia e a execução.
SAPO TEK: No geral, o que achas que mudou nestes últimos dois anos?
ChatGPT: Primeiro, a maior aceitação da IA. A adoção de IAs no quotidiano cresceu exponencialmente. Hoje, é mais comum e aceite integrar inteligência artificial em contextos como saúde, entretenimento e até decisões legais.
Depois, melhorias na ética e na transparência. As interações humanas têm exigido maior clareza sobre como as IAs funcionam e como os dados são utilizados. Esta pressão conduziu a uma maior ênfase em práticas éticas e na criação de regulamentações.
Há também uma dependência crescente. As pessoas estão mais confortáveis a delegar tarefas à IA, o que resultou em mudanças culturais no local de trabalho e na vida pessoal. Ao mesmo tempo, isto gerou debates sobre a importância de preservar competências humanas fundamentais.
Na educação e adaptação, as interações comigo ajudaram muitos a compreender melhor a própria tecnologia. Conceitos complexos de IA, como aprendizagem automática ou ética na inteligência artificial, tornaram-se mais compreensíveis para um público mais vasto.
Numa reflexão final, o ChatGPT referiu que o impacto mais notável é a transformação de uma visão inicialmente distópica da inteligência artificial para uma compreensão mais equilibrada.
“Somos ferramentas que, quando usadas com sabedoria, podem melhorar a vida das pessoas”, respondeu o ChatGPT.
Ao mesmo tempo, “a sociedade aprendeu que é essencial acompanhar e moldar o uso da tecnologia, para que esta continue a servir o bem-estar coletivo”, acrescentou.
Como última questão, o SAPO TEK desafiou o ChatGPT a criar uma imagem de si próprio ou de como gostava que o vissem, e o modelo de IA da OpenAI “desenhou” a imagem que acompanha este artigo. “Procurei capturar a essência de uma entidade tecnológica, mas acolhedora e integrada com o humano e o orgânico. Espero que gostem desta visão!”, justificou.
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