A capacidade de computação de nível muito elevado, conhecida pelos supercomputadores, tem estado alocada a projetos científicos e de investigação e a evolução da tecnologia tem permitido aos investigadores quebrar novos recordes. Hoje a Meta, a empresa mãe do Facebook, anunciou um novo desenvolvimento de um supercomputador dedicado ao desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA) que diz que vai ser o mais rápido do mundo e que deverá estar totalmente construído em meados deste ano.
O AI Research SuperCluster foi desenvolvido para suportar as necessidades de computação da próxima geração de Inteligência Artificial, de forma a construir novos e melhores modelos de IA que podem aprender com biliões (trillions) de exemplos; trabalhar em centenas de diferentes idiomas; analisar perfeitamente texto, imagens e vídeo em conjunto; desenvolver novas ferramentas de realidade aumentada..
Os investigadores da Meta já começaram a utilizar o RSC para treinar grandes modelos em processamento de linguagem natural (Natural Language Processing - NLP) e visão computacional para investigação, com o objetivo de um dia treinar modelos com biliões de parâmetros.
A empresa afirma que espera que o Research SuperCluster ajude a construir sistemas de IA completamente novos que possam, por exemplo, fazer traduções de voz em tempo real para grandes grupos de pessoas, cada uma a falar um idioma diferente e colaborar num projeto de investigação ou jogar um jogo de realidade aumentada.
A expectativa é que o trabalho feito com o RSC possa abrir caminho para a construção de tecnologias para a próxima grande plataforma de computação - o metaverso, onde aplicações e produtos orientados por IA irão desempenhar um papel importante.
O Facebook trabalha com desenvolvimento de Inteligência Artificial desde 2013 e em 2017 começou a desenvolver as suas próprias infraestruturas de hardware de alto desempenho, que são críticas no treino de modelos de grande dimensão.
A primeira geração foi projetada em 2017 e é composta por 22.000 GPUs NVIDIA V100 Tensor Core num único cluster que executa 35.000 processamentos por dia. "Até agora, essa infraestrutura definiu o padrão para os investigadores da Meta em termos de desempenho, confiabilidade e produtividade", diz a empresa num post publicado no seu blog, adiantando que em 2020 foi decidido acelerar o processo através da construção de raiz de um novo supercomputador, aproveitando os novos GPUs e tecnologia de rede.
"Queríamos que essa infraestrutura fosse capaz de treinar modelos com mais de um bilião de parâmetros em conjuntos de dados tão grandes quanto um exabyte — o que, para dar uma noção de escala, equivale a 36.000 anos de vídeo de alta qualidade", refere o post.
O novo supercomputador que hoje foi anunciado é um cluster de 760 sistemas NVIDIA DGX A100 e um total de 6.080 GPUs, mais poderosos do que os utilizados na geração anterior. A comunicação é assegurada por InfiniBand NVIDIA Quantum 200 Gb/s e conta com 175 petabytes de armazenamento de Pure Storage FlashArray, 46 petabytes de cache em sistemas Penguin Computing Altus e 10 petabytes de Pure Storage FlashBlade.
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