Um dos objectivos da visita do ministro da Economia português aos Emirados Árabes Unidos é a apresentação do computador Magalhães, a par das energias renováveis e do turismo. A comitiva do ministro inclui 13 empresas portuguesas, entre as quais se contam a JP Sá Couto (fabricante do computador Magalhães), a Microfil (responsável pela Plataforma Camões para a gestão de dados em salas de aula) e a Cabelte (fabricante de fibra óptica).

Aquando da sua passagem por Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados, xeque Abdullah bin Zayed Al Nayyan, terá ficado tão impressionado com a tecnologia do Magalhães, que levou um computador com ele.

Esse interesse é agora explorado com a passagem da comitiva portuguesa pelo Dubai, onde o ministro Manuel Pinho terá a oportunidade de mostrar o funcionamento do Magalhães e dos quadros electrónicos, que já estão a ser usados em muitas salas de aula portuguesas.

"O Governo [dos Emirados Árabes] está interessado no computador Magalhães e no quadro electrónico. Vamos fazer uma demonstração de funcionamento no Ministério da Educação no Dubai", confirmou o ministro em declarações à agência Lusa, antes da partida.

Depois do acordo com a Venezuela, muitos foram os países a mostrar interesse no netbook especialmente desenvolvido para os alunos do primeiro ciclo do ensino básico. Cabo Verde, China e Moçambique, são alguns dos que manifestaram vontade de utilizar o computador nos seus sistemas de ensino.

O projecto Magalhães continua em desenvolvimento, embora não existam ainda garantias de que o projecto e-escolinhas se mantenha no próximo ano lectivo. A J.P. Sá Couto apresentou em Abril um novo modelo que poderá ser distribuido nos países que já mostraram interesse no projecto. O "Novo Magalhães" terá um ecrã maior, suporte para tecnologia 3G e soluções de acessibilidade para crianças com necessidades especiais.