O aspeto não é o mais elegante, mas o conceito é interessante e pode vir a ser aproveitado para retirar peso e complexidade aos headsets de realidade virtual ou aumentada, absorvendo algumas das suas capacidades, ou ser uma forma de tornar “portáteis” as capacidades complementares dos dispositivos que remetem para o PC algumas funcionalidades.

A Motorola apresentou um novo wearable para pendurar ao pescoço, que é composto por uma fita e uma pequena caixa que tem conetividade 5G, graças ao processador Snapdragon 8 Gen 1 integrado e à slot para cartão SIM, vários sensores - acelerómetro, giroscópio, por exemplo e uma bateria de 5.000 mAh. Integra ainda um touchpad, altifalante, portas USB-C e DP1.4.

O novo gadget foi pensado sobretudo para o mercado empresarial, adiantou já a Motorola ao Engadget e vai ser lançado em parceria com a Verizon. A operadoranorte-americana, por seu lado, antecipa que o dispositivo pode ser usado em contextos de “treino desportivo ou experiências divertidas”, como exemplificou o diretor de tecnologia, Brian Mecum, em declarações à imprensa.

A nova banda de pescoço da Motorola é compatível com diferentes plataformas e tecnologias. A saber, a plataforma de RV da Qualcomm ou a Microsoft Remote Network Driver Interface, explicou também a fabricante detida pela Lenovo ao site. É precisamente da Lenovo o equipamento que aparece na foto divulgada para revelar ao mundo o novo dispositivo, uma invenção dos 312 Labs, criados pela empresa no ano passado.

Os ThinkReality A3 (na galeria de imagens), apresentados há cerca de um ano, são um exemplo de óculos inteligentes desenhados para funcionar em combinação com o PC e que beneficiam por isso de uma interface mais portátil, a trabalhar como extensão das funcionalidades geridas a partir do equipamento.

A conectividade 5G assegurada pelo dispositivo também vem garantir o suporte para aplicações exigentes em termos de largura de banda e baixa latência, sem sobrecarregar o headset ou os óculos como todas as configurações necessárias para isso.