Nações Unidas publicam guia para adopção de Linux nos desktops

25 ago 2004 12:45

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Tentando promover a utilização de software open source em países menos desenvolvidos, o International Open Source Network, financiado pelas Nações Unidas, criou um guia de adopção de Linux nos desktops.

O International Open Source Network, uma organização financiada pelas Nações Unidas, publicou um manual sobre a adopção de Linux nos desktops, preparado para quem tem poucos conhecimentos tecnológicos. O manual foi disponibilizado online, antecipando uma conferência sobre open source que esta organização irá realizar em Setembro.

O IOSN tem vindo a desenvolver uma série de iniciativas destinadas a promover a utilização de software open source em países menos desenvolvidos, beneficiando das vantagens financeiras do licenciamento deste tipo de software. Um dos projectos desenvolvidos é a rede Schoolnet na Namíbia, onde foram equipadas 250 escolas com computadores e software Linux.

Os países menos desenvolvidos têm sido incentivados a adoptar software open source e existem algumas iniciativas governamentais na China e Índia nesse sentido, de tal forma que também a Microsoft preparou uma versão especial (mais barata) do seu sistema operativo para licenciamento na Ásia.

O representante do IOSN na Malásia declarou aos jornalistas ontem que a organização espera que este manual possa encorajar o desenvolvimento do sector de desenvolvimento de software open source, especialmente projectos financiados pelo programa Information and Communication Technology for Development (ICT4D) das Nações Unidas.

O manual está disponível em formato pdf e para OpenOffice e foi publicado segundo a licença Creative Commons Attribution, permitindo a sua cópia e distribuição livre.

Os temas tratados incluem informação básica sobre a gestão de ficheiros, navegação na Internet e criação e utilização de documentos no pacote OpenOffice. O sistema operativo detalhado é o Fedora, patrocinado pela Red Hat, o que gerou alguma controvérsia na comunidade open source, mas o ISON já desmentiu preferir esta versão a outros sistemas baseados em Linux.