Nos próximos cinco anos apenas vai haver um representante dos Partidos Piratas no Parlamento Europeu, eleito na Alemanha. Em 2009, quando aconteceram as últimas eleições europeias, tinham sido eleitos dois representantes do Partido Pirata sueco, que desta vez não conseguiu eleger nenhum eurodeputado.



Quando Rick Falkvinge esteve em Portugal em 2013, para participar nas jornadas tecnológicas do IST, e na altura previa que os eurodeputados suecos conseguissem manter o assento, dizendo com grande certeza que da Alemanha iria mais um pirata. A segunda previsão concretizou-se, a primeira não.



O evangelista do Partido Pirata sueco referiu na altura que os dois representantes no Parlamento Europeu tiveram um papel fundamental no chumbo do ACTA.



“É verdade que houve milhares de ativistas fora do Parlamento a colocar pressão nos deputados, mas se não houvesse alguém do lado de dentro, que fosse capaz de explicar aos grupos partidários o que estava de errado com a medida, porque é que as pessoas estavam zangadas, então teria sido aprovado à mesma. Tudo pode resumir-se a um par de pessoas e esses fomos nós, estivemos longe de sermos suficientes para parar o ACTA, mas fomos necessários”, disse, numa entrevista que pode agora recordar.



Em comunicado o Partido Pirata Português, que não é oficialmente reconhecido como partido pelo Tribunal Constitucional, agradece “o excelente trabalho desenvolvido nestes 5 anos pelos piratas suecos, Amelia e Christian, a nível europeu”.



Os representantes do movimento político pirata em Portugal admitem ter saído “lesados” do resultado, mas lembram que “um é sempre melhor que zero”, mesmo tendo uma representação mais pequena.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico