Para evitar a diversidade de nomes atribuídos pelas diferentes empresas de segurança ao malware, o CERT está a desenvolver uma iniciativa de normalização a que chamou de CME (Common Malware Enumeration). Os primeiros resultados dos testes já realizados serão conhecidos no próximos mês e contam com a participação das maiores empresas nesta área.

O projecto pretende atribuir um número comum de identificação para todo o software malicioso. Quando incluído no software de segurança e alertas, este identificador vai ajudar os utilizadores a determinar qual é o vírus que está a afectar o seu sistema e se este está devidamente protegido, disseram os membros da iniciativa à CNet.

"Há muita confusão sobre a forma como o malware é referido. Estamos a tentar minimizar a situação atribuindo uma identificação comum, de forma a que se fale da mesma coisa quando se der algum acontecimento", disse Desiree Beck, um dos técnicos da iniciativa CME.

A confusão pode ser maior nas grandes organizações que usam múltiplos produtos de segurança de diferentes vendedores. "Isto é um problema real", disse um responsável da Symantec. Um produto de antivirus da área de trabalho pode exibir um nome diferente de um que se propaga pelo correio electrónico apesar de ser o mesmo.

Inicialmente, só as ameaças mais importantes é que terão um número de ID, mas o objectivo final é cobrir todos os ataques que afectam os operadores. A CME visa oferecer um método identificação partilhado que designará um número casual a um worm ou vírus, sem ter em conta o nome pelo qual ele é conhecido pelas empresas de antivirus.

Um identificador da CME deve ficar designado em poucas horas quando um novo vírus se começa a espalhar. A partir daí os vendedores de produtos de segurança devem incluir o número nos seus produtos retirado do site da CME, que deverá estrear já em Outubro.

A iniciativa CME é apoiada pela Symantec, McAfee, Trend Micro, Kaspersky Lab, Sophos, F-Secure, Computer Associates, Microsoft e MessageLabs.

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