Recentemente, Diogo Figueiras, conhecido no YouTube como Windoh, foi vítima de um ciberataque no seu computador que continha o material de um curso sobre criptomoedas que estava a vender. O objetivo foi expor, em forma de crítica, o conteúdo do curso criado em torno das técnicas de Forex e criptomoedas que era vendido por cerca de 400 euros.

Grande parte dos documentos foram expostos online, levando o autor a devolver o dinheiro aos seus clientes e a disponibilizar o mesmo gratuitamente, mostrando-se arrependido de se ter metido neste negócio.

A Polícia Judiciária apreendeu esta quarta-feira diferentes equipamentos informáticos, utilizados no ataque a Diogo Figueiras. O autor, conhecido como Redlive13, terá sido o mesmo que em abril de 2020 esteve envolvido no “zoombombing”, invadindo as salas de aula virtual através do Zoom, transmitindo imagens violentas e ridicularizando os participantes em lives no YouTube, revelando na altura que o seu objetivo era mostrar a falta de segurança das plataformas utilizadas. Pouco tempo depois, a PJ havia identificado o autor das invasões, tendo este por sua própria iniciativa eliminado as suas contas nas redes sociais que estiveram na base da atividade elícita. A Polícia Judiciária deixou na sua nota que o jovem poderia ser responsabilizado penal e civilmente.

Numa publicação na sua conta do Twitter, Redlive13 confirma a apreensão dos equipamentos pela PJ, nomeadamente um setup de 7 mil euros que inclui 4 telemóveis, 3 monitores, uma torre de PC e alguns periféricos. O jovem apelou à ajuda dos seus seguidores para angariar fundos para pagar um advogado, readquirir equipamento e alojamento, uma vez que a avó com quem vivia o colocou fora de casa, achando-o um criminoso, refere o mesmo.

Em sua defesa, Redlive13 diz que apenas invadiu o computador para mostrar que o conteúdo vendido pelo youtuber não passava de uma cópia de informações disponíveis no Wikipedia, e que servia apenas para burlar os seus fãs.

Segundo avança o Público, este tipo de cursos tem chamado a atenção do Ministério Público, que terá mesmo recebido uma petição a alertar sobre os esquemas promovidos pelos influenciadores digitais, não só no que diz respeito a criptomoedas, como apostas desportivas e o mercado Forex. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários alertou mesmo de que a Blvck Network, a rede que comercializa o curso do Windoh, não tem autorização para desenvolver atividades de intermediação financeira em Portugal.

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